“Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, ....”
Êx. 12. 26 e 27
Normalmente cada um de nós está, continuamente, envolvido em nossos afazeres diários e ocupados com as situações que surgem todos os dias. O bom senso requer que nos comportemos desta forma, considerando as necessidades que surgem continuamente. Entretanto, quando nos atemos apenas ao presente, ainda que saibamos da iminente volta de Cristo e de tudo quanto a Palavra de Deus remete para o futuro, então percebemos que podemos estar relegando a segundo plano, uma série de providências que deveríamos tomar, agindo preventivamente e pensando naqueles que virão depois de nós a fim de dar seguimento à história.
No texto destacado acima, observamos que Deus, ao dar orientações sobre o modo como deveriam comemorar a Páscoa, trata o assunto visando a situação do momento vivido pelos hebreus e olhando para o futuro, quando os filhos, ao participarem daquele cerimonial, haveriam de inquirir sobre o seu significado e os pais, por sua vez, precisariam estar preparados para dar a resposta certa, abordando sobre como eles foram livres da escravidão do Egito pelas poderosas mãos de Deus.
Estou recorrendo a este texto a fim de mostrar o modo como podemos estar cometendo uma falha que, dificilmente poderá ser reparada no futuro, caso nossos filhos estejam lá. Digo isto porque, o modo como vejo pessoas semelhantes a nós afirmarem que amam todos os que estão sob sua responsabilidade, na prática podemos estar fazendo exatamente o contrário, posto que é nosso dever encaminhar nossos filhos de tal maneira que, no futuro, eles se interessem em conhecer os oráculos de Deus e se envolvam de todo o seu coração com o Seu Reino.
Vivemos em uma realidade na qual dispomos de diversas formas para educar aqueles que são herança do Senhor. Eles nos observam e aprendem como e por que levantar cedo, trabalhar, estudar etc. Quanto ao modo como devem servir a Deus, percebo várias lacunas que ficam sem ser preenchidas ao longo de nossa vida, principalmente porque há muitos negligenciando os juramentos feitos quanto a ensinar seus filhos a orar, a ler a Bíblia, a freqüentar a Igreja regularmente de tal modo que, na medida que crescem, têm perguntas a fazer, observando a vida cristã que nós levamos.
Se permanecermos neste ritmo, qual poderá ser o futuro dos nossos filhos? Como eles definiram o que deve ser tratado como sendo fundamental e indispensável e o que, embora seja necessário, não deve ocupar primazia em seu coração?
Não estamos lidando com lições que se ensinam e aprendem verbalmente. Estamos falando daquela lição que se ensina com a vida e se aprende observando a vida.
Sendo assim e, considerando a maneira como temos procurado “poupar” nossos filhos de se familiarizarem com o dia a dia da igreja, cuidando para que estejam prontos para acordar cedo, irem para a escola, não darem trabalho durante as reuniões e cultos, como podemos imaginar o futuro que os aguarda? Eu não hesito em responder a esta pergunta dizendo que temos, pelo menos, três alternativas: 1. Talvez nunca se interessem pelo Evangelho; 2. Talvez levem uma vida cristã semelhante à nossa; 3. Talvez experimentem uma religiosidade superficial; ou 4. Pela misericórdia de Deus, se comportem de um modo completamente diferente do nosso, servindo ao Senhor com alegria e se interessando por tudo quanto está de acordo com a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Pensemos neste assunto tão sério e perguntemo-nos sobre o que estamos fazendo aos nossos filhos. Temos cumprido nossos votos? Estamos plantando a boa semente para que, amanhã, eles tenham uma boa e farta colheita?
Que Deus nos ajude a refletir sobre isto e tomar as devidas providências.
Rev. Marcos Martins Dias
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