28 agosto 2008

QUANDO DEUS DIZ "NÃO"

“..., três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, ...” I Co. 12. 8 e 9

Sempre que reflito sobre a oração feita pelo apóstolo Paulo de acordo com a narrativa de I Co. 12, paro pra pensar sobre várias lições que podem ser extraídas com vistas ao nosso crescimento. E, sem divagar a respeito do tão incógnito “espinho na carne”, procuro me ater ao que está claro o suficiente para aprender algumas lições.
Uma delas está contida neste pequeno trecho destacado acima.
Em nenhum momento questionei a fé que o apóstolo depositava em Cristo, nosso Senhor. Ao contrário disto, ele é um verdadeiro exemplo de confiança, perseverança, intrepidez, esperança etc. para quantos viveram em sua época, assim como para nós e para os que nos hão de suceder-nos quando partirmos.
Esta confiança pode ser vista durante todo o seu ministério, inclusive naquele relato que ele faz a Timóteo com as seguintes palavras: “... o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” II Rm. 4. 17 e 18.
Diante disto e de tantos outros textos que abordam sobre o modo como Deus tratou Sua igreja, individual e coletivamente e, considerando a indescritível incompatibilidade entre os desejos humanos e a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, tenho procurado aprender a lidar com aquelas situações onde Deus diz “não”.
Pode ser inconcebível para certos grupos que chegam ao extremo de “decretar, determinar etc.” o que, quando, como e onde Deus “deve” fazer isto ou aquilo.
Uma atitude lamentável como esta pode conduzir a uma constante decepção e inevitável frustração, uma vez que Ele não conduz Suas decisões de acordo com os caprichos e interesses humanos. Tudo foi feito por Ele e para Ele.
Ora, se Paulo, embora pecador como qualquer ser humano que já existiu, não foi atendido de acordo com o que suplicou, seria muita presunção de minha parte esperar mais do que isto para este limitado homem que sou. Deste modo, humildemente, rogo a Deus que conceda-me a maturidade que elevou o apóstolo à condição de obediência irrestrita à vontade de Deus, glorificando-O e sujeitando-Se ao Seu querer, mesmo quando seus rogos apontavam para uma direção contrária ao querer de Deus.
Deste mesmo modo, faço votos que cada cristão consiga atingir este nível tão elevado de maturidade e esteja sempre preparado para o caso de Deus lhe dizer “não”, mesmo quando nos encontramos sufocados pelos fatos que, inexorável e impiedosamente, atravessam nossa alma como uma espada afiada atravessa o coração.

Rev. Marcos Martins Dias

27 agosto 2008

COMO SERÁ O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS?


“Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, ....”
Êx. 12. 26 e 27
Normalmente cada um de nós está, continuamente, envolvido em nossos afazeres diários e ocupados com as situações que surgem todos os dias. O bom senso requer que nos comportemos desta forma, considerando as necessidades que surgem continuamente. Entretanto, quando nos atemos apenas ao presente, ainda que saibamos da iminente volta de Cristo e de tudo quanto a Palavra de Deus remete para o futuro, então percebemos que podemos estar relegando a segundo plano, uma série de providências que deveríamos tomar, agindo preventivamente e pensando naqueles que virão depois de nós a fim de dar seguimento à história.
No texto destacado acima, observamos que Deus, ao dar orientações sobre o modo como deveriam comemorar a Páscoa, trata o assunto visando a situação do momento vivido pelos hebreus e olhando para o futuro, quando os filhos, ao participarem daquele cerimonial, haveriam de inquirir sobre o seu significado e os pais, por sua vez, precisariam estar preparados para dar a resposta certa, abordando sobre como eles foram livres da escravidão do Egito pelas poderosas mãos de Deus.
Estou recorrendo a este texto a fim de mostrar o modo como podemos estar cometendo uma falha que, dificilmente poderá ser reparada no futuro, caso nossos filhos estejam lá. Digo isto porque, o modo como vejo pessoas semelhantes a nós afirmarem que amam todos os que estão sob sua responsabilidade, na prática podemos estar fazendo exatamente o contrário, posto que é nosso dever encaminhar nossos filhos de tal maneira que, no futuro, eles se interessem em conhecer os oráculos de Deus e se envolvam de todo o seu coração com o Seu Reino.
Vivemos em uma realidade na qual dispomos de diversas formas para educar aqueles que são herança do Senhor. Eles nos observam e aprendem como e por que levantar cedo, trabalhar, estudar etc. Quanto ao modo como devem servir a Deus, percebo várias lacunas que ficam sem ser preenchidas ao longo de nossa vida, principalmente porque há muitos negligenciando os juramentos feitos quanto a ensinar seus filhos a orar, a ler a Bíblia, a freqüentar a Igreja regularmente de tal modo que, na medida que crescem, têm perguntas a fazer, observando a vida cristã que nós levamos.
Se permanecermos neste ritmo, qual poderá ser o futuro dos nossos filhos? Como eles definiram o que deve ser tratado como sendo fundamental e indispensável e o que, embora seja necessário, não deve ocupar primazia em seu coração?
Não estamos lidando com lições que se ensinam e aprendem verbalmente. Estamos falando daquela lição que se ensina com a vida e se aprende observando a vida.
Sendo assim e, considerando a maneira como temos procurado “poupar” nossos filhos de se familiarizarem com o dia a dia da igreja, cuidando para que estejam prontos para acordar cedo, irem para a escola, não darem trabalho durante as reuniões e cultos, como podemos imaginar o futuro que os aguarda? Eu não hesito em responder a esta pergunta dizendo que temos, pelo menos, três alternativas: 1. Talvez nunca se interessem pelo Evangelho; 2. Talvez levem uma vida cristã semelhante à nossa; 3. Talvez experimentem uma religiosidade superficial; ou 4. Pela misericórdia de Deus, se comportem de um modo completamente diferente do nosso, servindo ao Senhor com alegria e se interessando por tudo quanto está de acordo com a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Pensemos neste assunto tão sério e perguntemo-nos sobre o que estamos fazendo aos nossos filhos. Temos cumprido nossos votos? Estamos plantando a boa semente para que, amanhã, eles tenham uma boa e farta colheita?
Que Deus nos ajude a refletir sobre isto e tomar as devidas providências.
Rev. Marcos Martins Dias

15 agosto 2008

O ENSINO DE CRISTO SOBRE O DIVÓRCIO

Mt. 5. 31 e 32

INTRODUÇÃO: Desde que há pecado no mundo, os relacionamentos interpessoais apresentam falhas decorrentes do estado a que o ser humano foi submetido. Não é preciso explorar a questão relativa ao primeiro assassinato ocorrido entre os filhos de Adão para provar esta tese.
Quando o assunto é lançado para o âmbito conjugal, o problema toma proporções mais complexas, principalmente na medida que o tempo passa e verdades absolutas cedem espaço para o silencioso mas, letal, relativismo.
Não é sem causa que muitos pregadores se furtam a tratar a questão ou se vêm diante de situações que os obrigam a buscar opções paliativas. Entretanto, não é este o tipo de postura que o Senhor espera de Sua Igreja. Do mesmo modo como não relutamos em abordar pecados que, aparentemente, não se apresentam como desafios ou algum tipo de ameaça para as nossas convicções, assim também a Escritura trata o divórcio de maneira clara, imparcial, honesta e direta.
O mínimo que podemos fazer é seguir na mesma direção.
Este é mais um daqueles itens introduzidos por Jesus com a expressão “Ouvistes que foi dito... Eu, porém, vos digo...”. A relevância deste assunto se percebe pelas seguintes colocações: “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reio dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt. 5. 19 – 20).
De acordo com o autor que temos estudado, a melhor forma de abordar esse assunto é estudá-lo em três divisões principais.


I – O QUE A LEI DE MOISÉS ENSINAVA

Em Dt. 24. 1 – 4 encontramos, basicamente, a resposta para este ponto.
Observe que o adultério não é tratado juntamente com o divórcio. Os adúlteros eram punidos com a morte. Assim se colocava um fim no matrimônio maculado pela traição, ou seja, o fim de uma união conjugal “rompida” pelo adultério era marcado com a execução do(s) adúltero(s).
Sendo assim, compete-nos explorar o objetivo pelo qual Deus estabeleceu o divórcio.
Ao contrário do que se observa sendo praticado de um modo desregrado na era pós moderna, o divórcio visava impor limites a esta inclinação natural do ser humano.
Muitos sabem o modo como as mulheres eram desvalorizadas naquele contexto, levando homens a pensar que tinham o direito de se divorciar por qualquer situação que lhes parecesse conveniente. Assim, com impropérios, encontravam no divórcio um modo de se livrarem de suas esposas.
Deste modo, compreende-se que a legislação Mosaica não era aplicada corretamente posto que visava regularizar e controlar a confusão criada e erradicar as injustiças a que as mulheres eram subjugadas, ocasionando conseqüências para elas e para seus filhos.
Partindo destas considerações, observemos que há três princípios presentes aqui:
a) O divórcio estava limitada a determinadas causas, como por exemplo, a existência de algum defeito natural, moral ou físico, descoberto na mulher. O que não se encaixava nisto estava fora de questão;
b) Quem se divorciasse de sua mulher deveria dar-lhe carta de divórcio. Antes da Lei vigorar, era comum deixar a esposa e despedi-la de casa, deixando-a exposta a uma série de situações relacionadas ao desamparo, à falta de proteção e, dentre outras coisas, sem qualquer perspectiva de reverter sua considerada “inutilidade e invalidez”. Além disto, uma mulher envolta por estas condições poderia ser acusada de infidelidade ou adultério e ser apedrejada até à morte. Assim sendo, a carta de divórcio era um documento que especificava a causa do divórcio, excluindo a questão do adultério e apontando qualquer das razões denominadas no item anterior. Ao formalizar o divórcio, estava-se também resgatando o valor e a seriedade do matrimônio;
c) Ao conceder carta de divórcio à sua esposa, o homem ficava impossibilitado de contrair segundas núpcias com ela, evitando que se banalizasse o relacionamento conjugal, tratando-o como uma aventura amorosa, na qual, se ajunta e se separa de acordo com a conveniência. O divórcio era algo que, quando feito, tinha valor permanente.


II – O ENSINO DOS ESCRIBAS E FARISEUS

Os escribas e fariseus enfraqueceram o valor da Lei, dando maior abrangência aos motivos que justificavam o divórcio, ensinando que o simples fato de um homem deixar de gostar de sua esposa ou encontrasse nela algum motivo de insatisfação, qualificava-a como “impura”.
Note que esta interpretação, na realidade, contrariava a Lei.
Como resultado disto, nos dias de Cristo, aquelas antigas injustiças estavam sendo praticadas contra as mulheres, as quais, recebiam de seus “maridos” (crápulas?) cartas de divórcio pelos motivos mais banais que declarassem. De algum modo a carta de divórcio passou a ter maior importância que os motivos que a justificassem. Assim sendo, desde que se desse carta de divórcio à mulher, tudo estava bem porque “a Lei estava sendo cumprida”.


III – O QUE JESUS ENSINAVA

O Senhor Jesus Cristo, com a sabedoria que Lhe é peculiar, enfrentou o problema, colocando a questão da seguinte maneira: “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio? Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casa com a repudiada, comete adultério” (Mt. 5. 31 e 32). Isto foi dito, perante aquela maligna intenção de apanhá-Lo em alguma contradição, na medida que Lhe perguntaram: “É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?”
Na resposta dada por Jesus, encontramos alguns princípios:
a) O primeiro deles diz respeito à santidade no matrimônio. Cristo disse: “Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas...”. Note que Ele retroagiu à época em que o matrimônio foi instituído, relembrando o que havia sido dito: “... tornando-se os dois uma só carne”.”Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”. Desta forma, Ele resgatava o valor do matrimônio, mostrando que ele não consiste num contrato civil, e nem em um sacramento mas, o meio pelo qual, homem e mulher se tornam um só, caracterizando o casamento como algo indissolúvel. De um modo magistral, Cristo mostrava que os antigos laços entre o homem e sua família eram rompidos para se criar um novo laço indissolúvel.
Encontramos amparo em outros textos como o que se encontra em I Co. 6, onde Paulo, tratando destas relações sexuais ilícitas, se reporta ao assunto como sendo algo horrendo levando o homem a se tornar uma só carne com a prostituta.
Diante de situações assim e outras ligadas às inclinações da natureza humana, Cristo esclarece que o divórcio foi autorizado por causa da dureza de coração. Isto foi posto para “colocar ordem na casa” e reverter um quadro que havia se tornado caótico, regularizando o que havia se tornado completamente irregular;
b) O segundo princípio constante nas colocações de Cristo indica que Deus jamais ordenou o divórcio. Ao contrário, o caráter indissolúvel do matrimônio deveria ser tratado com primazia, considerando que está em perfeita harmonia com a lei do amor e do perdão. Deste modo, o que se deve considerar é que, antes de se inclinar para o caráter excepcional do divórcio, é preciso investir na premissa básica da lei e do perdão;
c) Um terceiro princípio diz respeito à única razão legítima para a prática do divórcio: o que está posto como “relações sexuais ilícitas”. O problema é colocado nestes moldes pelo fato da traição conjugal configurar-se a própria separação condenada por Deus. Note que em nenhum momento houve espaço para a antiga justificativa qualificada como “incompatibilidade de gênios”.
A Escritura encoraja o crente a não abandonar o incrédulo quando este consente em conviver com ele (I Co. 7. 12 e 13), além de apontar a importância do testemunho (I Pe. 3. 1).

CONCLUSÃO: Precisamos ter em elevada consideração a interpretação da Lei, resgatada neste texto, enfatizando que Jesus Cristo nos dá duas instruções claras: 1. Aquela legislação que envolvia o apedrejamento teve o seu lugar no tempo e no espaço; 2. O divórcio deve ser concebido ou concedido no caso de relações sexuais ilícitas (traição e adultério).
O resultado disto também pode ser posto em duas partes distintas: 1. A partir daquela ocasião, homens e mulheres não seriam mais apedrejados até à morte, por causa do adultério; 2. Uma pessoa legitima e biblicamente divorciada tem o direito da separação reivindicada, pondo um ponto final ao casamento e ficando livre das obrigações matrimoniais, como se o traidor tivesse morrido (no que tange às questões ligadas ao casamento, é claro) e, sendo crente, tem todo o direito de ter um casamento cristão, conforme se vê em I Co. 7. 10 – 16.
Como consideração final, cuidemos para não lançarmos no inferno aquele que é qualificado como culpado. Avaliemos sua nova situação à luz do que a Escritura tem a dizer sobre o pecado para o qual não há perdão. O princípio a ser adotado tanto nesta quanto em qualquer outra questão de difícil solução é exatamente o de abandonar o pecado e buscar uma nova vida, conforme Jô. 8. 11.
Que o Senhor nos dê todo o esclarecimento necessário acerca de mais este assunto.

É POSSÍVEL PERDER O QUE SE AMA SEM JAMAIS PERDER O AMOR

“e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” Jó 1:21

As grandes perdas sofridas por Jó relatadas no livro que leva o seu nome, são de conhecimento comum entre os cristãos, assim como os seus amigos se tornaram conhecidos pelas constantes insinuações de que ele havia pecado e estava sendo disciplinado por isso, além da atitude que sua esposa tomou de incentivá-lo a amaldiçoar o Senhor e a morrer no leito de sua terrível enfermidade.
Não importa o número de vezes que esta história seja lida ou contada. Ela sempre produzirá um grande impacto sobre aqueles que se dedicam a refletir acerca da profunda tristeza que toma conta de quantos sofrem suas perdas ao longo da vida.
Este livro, de um modo muito especial, sempre tem sido invocado em situações extremamente difíceis onde a razão não consegue encontrar sentido ou alguma explicação para as adversidades e toda espécie de males que nos vêm abater.
Indubitavelmente, estamos diante de uma firmeza de caráter, uma maturidade, um temor a Deus e, dentre outras coisas, um amor completamente inexprimíveis. Principalmente neste nosso contexto onde poucas coisas nos bastam para fazer descair o nosso semblante e procurar motivos que justifiquem o nosso sofrimento.
É preciso aprender a lidar com as nossas perdas, com a mesma nobreza que se constata no livro de Jó. É preciso lembrar que, como está escrito, nada trouxemos para o mundo e nada levaremos dele, sempre nos esforçando para dizer, com profundo temor: “o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.”
Obviamente não se pode requerer tal manifestação de amor quando o coração está posto nos valores conquistados ao longo de nossa existência, inclusive no que diz respeito às pessoas que Deus colocou em nossa vida na qualidade de amigos e entes queridos, ligados pelo mesmo sangue.
Esse foi o caso de Jó. De tudo quanto lhe foi tomado, a morte de seus filhos e filhas ocupam um lugar de destaque. Periodicamente, intercedia por eles e sacrificava na intenção de alcançar perdão caso houvessem ofendido a Deus. Nisto se percebe uma clara demonstração de amor dedicado aos filhos e a Deus mesmo. Ainda assim é preciso notar que, ao perder as pessoas que amava, ele não blasfemou contra Deus. O amor permanecia intacto, profundamente arraigado em seu coração e lhe fornecendo suporte para seguir em frente, submisso à vontade e à direção do Senhor.
Que sejamos ajudados na busca por este caráter capaz de nos fazer verdadeiros depositários do amor incondicional, o qual, permanecerá para sempre.

Rev. Marcos Martins Dias

08 agosto 2008

SERMÃO DO MONTE - A MORTIFICAÇÃO DO PECADO

Mt. 5. 21 – 26

INTRODUÇÃO – Creio que a maioria de nós já memorizou a forma como o pecado é definido pelo Breve Catecismo, a partir do modo como ele nos é apresentado na Escritura.
O Breve Catecismo, em sua questão de número dezesseis, o define como sendo “... qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão desta lei.”.
É bom que saibamos por onde começar ao lidar com o modo como o pecado é tratado por Deus. Mas, não basta que tenhamos um posicionamento apenas teórico. É preciso ir mais além, ilustrando o problema do pecado da seguinte maneira: “Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.” 2 Pe. 2:22
Agora, observe o contexto imediato que envolve o versículo acima em 2 Pe. 2. 9 – 22. Não é preciso fazer uma reflexão demorada a respeito da forma como Pedro define a prática do pecado. Na realidade, nós mesmos encontraremos uma séria dificuldade para considerá-lo do modo abominável como Deus o vê. Digo isto pelo fato de sermos pecadores e assim como o cão e o a porca aos quais Pedro se refere, nós, na qualidade de pecadores, temos uma natureza que o deseja, que o quer e isto nos impede de abominá-lo do mesmo modo como Deus o faz. A não ser que nossa comunhão com Ele esteja num patamar bem mais elevado que as debilidades de nossa velha natureza, não o abominaremos e nem o consideraremos como Deus requer de cada pessoa regenerada.
Jesus não está requerendo nada menos do que a abominação e o abandono do pecado se, de fato, compreendemos o quanto ele é grave aos olhos de Deus.
Isto se nota pela referência que Cristo faz sobre uma espécie de mutilação.

I – O SENTIDO DA MUTILAÇÃO

Como devemos compreender o que está no vs. 29? “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um de teus membros e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.”.
Nos tempos do Novo Testamento, a mão direita e o olho direito eram tidos como mais importantes que o olho esquerdo e a mão esquerda. Logo, Cristo se valeu desse conceito popular para dizer que “se os membros mais preciosos fossem motivo para a terrível prática do pecado, então eles deveriam se livrar deles”.
O princípio ensinado aqui vale para qualquer época e qualquer cultura. Ele ensina que não importa quão valiosa uma coisa possa representar para nós. Se ela se configurar em algum tipo de armadilha a ponto de nos levar a tropeçar, então é preciso ficar livre dela, em função da preservação do que Deus requer de nós, ou seja, que sejamos achados “puros, imaculados, sem defeito” Ef. 5. 27.

II – COMO LIDAR COM O PROBLEMA DO PECADO

Como já foi dito anteriormente, não estamos lidando com atitudes pecaminosas isoladas mas, com o estado da natureza humana. Nas palavras de Lloyd Jones “... está em vista a poluição que se oculta em nossos corações, esta força distorcida que em nós existe, esses poderes malignos que vieram residir em nossas naturezas, em resultado da queda no pecado.”
Jesus apontou alguns itens como alvo de nossa investigação e cuidado:
a) A natureza do pecado e as suas conseqüências – Toda aversão a regras, normas e leis que se observa através dos séculos, os movimentos perfeccionistas, dentre outros desvios, surgiram em função do falso conceito sobre o pecado desenvolvido através do tempo, ou seja, mesmo que alguém não esteja praticando algum ato evidente e inquestionavelmente pecaminoso, a sua natureza continuará sendo humana e pecaminosa. É preciso lembrar que o princípio é: “pecamos porque somos pecadores”. Eis porque Jesus chegou a suar gotas de sangue e a suportar toda a agonia e sofrimento até ser cravado na cruz deixado ali pra morrer. Somente isto poderia desviar os olhos de Deus de algo ilustrado pelo apóstolo Pedro como nada menos que a natureza do cão e da porca. Não o vômito ou o lamaçal mas, a própria natureza que se inclina para os desejar. Deste modo, Jesus desviava o foco de atitudes isoladas como sendo o fator preponderante e lançava seus ouvintes a investigarem a fonte de onde surgia o adultério, passando pelo pensamento e penetrando até o coração. Do mesmo modo como as figuras utilizadas por Pedro nos causam uma certa ojeriza, assim também devemos encarar a gravidade do pecado estampada naqueles momentos angustiantes e de toda a crueldade que envolveu a morte do Senhor Jesus;
b) Outro item apontado por Cristo diz respeito à importância da alma e do seu destino. Isto se nota quando nos é dito: “... pois te convém que se perca um dos teus membros e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mt. 5.30). Jesus fez esta colocação por duas vezes a fim de enfatizar a questão. Ele mostrou que a alma excede a importância de um membro que nos faça pecar. Isto vai muito além do aspecto físico. Há inúmeras coisas em nossa vida que podem se constituir verdadeiros obstáculos para o nosso progresso espiritual, ao mesmo tempo em que também são verdadeiros tropeços em nossa vida. Por isso nos é dito para “arrancá-los, deixá-los de lado”. Isto está em perfeita harmonia com o que está registrado em Hb. 12.1. Além disto, Cristo coloca a questão de um modo ainda mais incisivo ao dizer: “Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14. 26). A maneira como Lloyd Jones comenta esta passagem é muito esclarecedora. Ele diz: “Isso quer dizer que não importa quem ou o quê se tenha interposto entre nós e o Senhor, caso seja prejudicial às nossas almas, então deveria ser abominado e eliminado. Contudo, isso não significa, necessariamente, que o crente tenha de odiar aos membros de sua família. É obvio que não, pois nosso Senhor ensinou-nos a amar até nossos próprios inimigos. Mas simplesmente está em pauta o fato que qualquer coisa que milite contra a alma e a sua salvação não passa de um adversário, devendo ser tratada como tal. O erro consiste em abusarmos dessas coisas, de colocá-las na posição errada; isso é errado e esse é o ponto que Jesus enfatiza aqui.” Deste modo fica claro que toda a nossa vida, nossos relacionamentos, o que fazemos e o que procuramos ser no mundo deve se orientar pelo que Deus determina que sejamos e façamos no presente, no futuro e por toda a eternidade. Fica, portanto, definitivamente claro que nada deve se interpor entre nós e o destino eterno de nossas almas. Apesar da vida presente estar revestida de importância, Cristo, de certo modo, mostra que, se for preciso, ainda que nos tornemos “aleijados” agora, precisamos nos assegurar que chegaremos na presença do Senhor revestidos daquele corpo de glória, sem defeito e sem mácula. Não é exatamente isto que nos é ensinado em Mt. 16. 26? “... que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?...” e ainda mt. 10. 28, onde se diz: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.
c) O terceiro ponto que Cristo enfatiza diz que devemos odiar o pecado, fazendo tudo quanto estiver ao nosso alcance para que o peado seja destruído dentro de nós mesmos. Isso só será possível se tivermos sensibilidade suficiente para considerar mal e pecaminoso o que, de fato, o é. Para isto, este olhar “clínico” só terá valor se estiver em harmonia com a análise de Deus. Assim sendo, devemos, de algum modo, examinar o pecado, lendo sobre ele no modo como nos é ensinado nas Sagradas Escrituras e, conseqüentemente, odiá-lo, envidando todo esforço para fazer morrer esta natureza terrena tão abominável quanto os seus atos (Cl. 3. 5).
d) Outro elemento apontado por Cristo diz respeito à necessidade de termos um coração limpo e puro, isento de comcupiscências. Isto é mais do que abandonar certas práticas. É ter, continuamente, o coração, a natureza, o caráter, modificados segundo os moldes e as características de Cristo. Este deveria ser o maior desejo de todo cristão, ou seja, possuir um coração livre da amargura, da inveja, do ciúme, do ódio, do desrespeito, da incredulidade, da falsidade, da mentira etc. Nos referimos àquele coração humilde, manso, que tem fome e sede de justiça, que é misericordioso, pacificador etc. Observe que tudo indica para a qualidade do coração e não se atém apenas às atitudes mas, a tudo quanto somos capazes de fazer em decorrência da natureza que habita em nós. Estamos reiterando que o foco é o coração, um estado que somente Deus conhece. Estamos tratando de uma natureza que mesmo sendo “desesperadamente corrupta” (Jr. 17. 9), ninguém é capaz de perceber. Tal pessoa pode parecer perfeitamente respeitável posto que somente Deus lhe conhece o coração. Somente Ele pode enxergar tudo de horrendo, feio, imundo e sórdido que, porventura, esteja instalado ali.
e) Em último lugar, destacamos a importância da mortificação do pecado. Além de Cl. 3. 5, o mesmo ensino está registrado em Rm. 8. 13 onde lemos: “Porque se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis”. Além disto, o próprio apóstolo Paulo se reporta a si mesmo da seguinte maneira: “Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (I Co. 9. 27). Em Rm. 13. 14 ele diz mais ainda: “... nada disponhais para a carne, no tocante à suas concupiscências.”. Todos estes textos, além de outras passagens que tratam do mesmo assunto, ensinam que jamais devemos dar “munição” à carne. Não devemos “nutrir” a velha natureza; e há muitos modos de se fazer isto. Quer seja assistindo a um programa de TV, tendo aquela conversa inconveniente e inadequada, difamando, caluniando, usando termos chulos e de baixos calões, gírias, demonstrando interesse por atividades que não dão qualquer contribuição para a nova natureza ou sequer se prestam para uma simples e saudável distração e prazer saudáveis. Lloys Jones diz: “não olhemos essas coisas; pelo contrário, ‘arranquemos o olho direito’”. Ainda que, a pretexto de não ser ignorante sobre certos assuntos, é melhor que permaneçamos adultos no entendimento e meninos na malícia, conforme orienta o apóstolo Paulo em I Co. 14. 20. Isto também é posto de um outro modo em I Ts. 5. 22.

CONCLUSÃO – Em última análise, fica totalmente claro que o nosso foco deve ser mantido sobre o estado de nosso coração e não apenas em atos isolados que cometemos aqui ou ali, hoje ou amanhã. É preciso investir naquele processo que nos torna melhores do que já fomos e enxerga a necessidade de avançarmos ainda mais nos “degraus da santificação”, sabendo que somos, hoje, menos do que seremos amanhã. Isto está bem posto em fp. 2. 12 e 13, na medida que Paulo diz: “... desenvolvei a vossa salvação com temos e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
Compreendendo que o ensinamento desta passagem envolve mais do que atitudes humanas isoladas, constatamos que Cristo está lançando Seu olhar para a fonte de onde brotam todas as nossas atitudes. Ele atinge as nossas intenções, levando-nos a avaliar o nosso próprio caráter e nos ensina que, antes mesmo de chegarmos a uma conclusão acerca de nossas atitudes, precisamos conhecer a qualidade de nossa alma, o estado de nosso espírito e investirmos nesta fonte de onde emana tudo o que pode ser visto pelos homens, lembrando que o crivo primário é sempre Deus que nos aprova ou nos reprova antes de aprovar ou reprovar nossos atos, assim como pode ser visto em Gn. 4. 4 e 5, 7.
Que o Senhor mesmo nos auxilie nesta difícil tarefa de avaliarmos a nós mesmos com imparcialidade e priorizarmos o que é prioridade através dAquele olhar que tudo vê e a tudo perscruta cf. Pv. 15. 3 e Sl. 139.

A ARTE DE NÃO SER COMPREENDIDO

“:... deixaram a minha lei, que pus perante eles, e não deram ouvidos ao que eu disse, nem andaram nela.” Jr. 9:13

Uma leitura descontextualizada deste versículo pode dar a entender que estamos nos referindo a homens que não se prestam a ouvir os homens; entretanto, trata-se de uma queixa feita por Deus mesmo, através do profeta Jeremias, em relação à dureza do coração humano e a sua dificuldade em admitir o erro e se prostrar em arrependimento.
A princípio, creio que isto deveria nos causar algum espanto; afinal, como admitir a possibilidade de, embora sendo imagem e semelhança do Criador, contemplamos homens de todo o mundo e de todas as épocas se negando a Lhe dar ouvidos? Não foi esta a primeira e nem a última vez em que a voz de Deus foi posta em xeque e confrontada com a voz dos homens e com a do próprio inimigo.
A natureza pecaminosa do coração humano prejudicou-lhe a sensibilidade auditiva, de tal modo que mesmo a Soberana voz de Deus por vezes é confundida com um amontoado de ruídos desconexos e, pior que isto, por vezes recebida de um modo deturpado, de conteúdo totalmente contrário ao que Ele Se propõe a dizer.
É... Deus tem lidado com este lamentável estado humano desde que há mundo. Depois dEle, todos os que se prestam a falar, legitimamente, em Seu nome tornam-se alvos deste mesmo comportamento repulsivo, típico de quem definitivamente não quer ouvir o que precisa a fim de atender e se adequar à voz daquele que fala.
Numa escala incomparavelmente menor, creio que todos nós já experimentamos um pouco disto. Não conheço alguém que, em algum momento de sua vida, tenha alegado ser totalmente ouvido e compreendido. Os fatos dispensam argumentos.
Partindo deste pressuposto, lembrando que o Senhor Deus, na Pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sempre foram alvos desta intransigência, como poderíamos nós almejar um tratamento superior? Além disto, quantas vezes nós mesmos, em um sentido figurado, nos comportamos daquele modo quando, além de tapar os ouvidos, ainda nos pomos a cantarolar, a emitir sons desconexos, desviar a atenção, o olhar etc? Suponho que, em havendo exceção, será preciso algum esforço para enumera-las.
Ora, se nós mesmos tropeçamos na infeliz armadilha de não compreendermos a Deus e aos homens, como insistiremos para que os outros nos compreendam? E, com que direito nos entregamos à melancolia, a alguma espécie de tristeza profunda porque não somos compreendidos?
O simples fato de sabermos que Deus tem lidado com esta atitude insana ao longo da história, deveria nos fazer reconhecer que enfrentar a incompreensão é uma arte. Uma atitude nobre, cujos resultados não nos causam maior dano do que naqueles que se negam a dar ouvidos à verdade. Por isso mesmo, é preciso ser maduro o suficiente para assumir quando estamos realmente compreendendo o que nos é dito, por instrução, advertência ou outro meio qualquer, do mesmo modo como, sem qualquer dificuldade, não hesitamos em admitir que, muitas vezes, não somos compreendidos.
Que Deus nos ajude a aprender mais esta grande, necessária e importante lição.

Rev. Marcos Martins Dias

01 agosto 2008

CONHECE O DEUS DE TEU PAI

“Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre.” 1 Cr. 28:9

Em várias ocasiões de minha vida, tive a oportunidade de acompanhar algumas pessoas nos últimos passos de sua existência terrena. Não me lembro de haver guardado algum conselho para aquela hora, onde se aproxima o momento em que “o pó volta à terra, como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu.” Ec. 12:7.
Por outro lado, apesar de constatar que a situação contrária não se reveste de alguma diferença, ou seja, apesar de não notar que os que se aproximam da morte nem sempre se aplicam a instruir os que retêm o compromisso de dar seguimento às suas vidas, considero que ainda há os que se utilizam deste tipo de situação para compartilhar palavras de encorajamento, de consolo, de advertência aos que seguem com suas vidas.
Este é o quadro descrito no texto destacado acima, onde Davi, em seu leito de morte, mostra a Salomão, seu filho, o mais precioso legado do qual ele devia se apossar.
Esta maravilhosa dádiva também foi concedida a Timóteo, a respeito da qual o apóstolo Paulo diz: “Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia. Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.” II Tm. 2. 3 – 5.
Em relação à nossa geração, reflito com certa preocupação, observando que, salvo melhor juízo, as convicções que se defendem não têm produzido os resultados esperados, lançando o doutor à condição de amador, o experiente à condição de neófito, inexperiente, incapaz, iniciante e aprendiz, caracterizando o despreparo dos que vão encerrando sua carreira e dos que ainda alimentam a possibilidade de seguir avante.
Com todo o respeito que dedico às exceções que se deve preservar, contemplo o modo como o acesso fácil a ricas e múltiplas fontes de informação tem promovido pouca diferença na vida de tantos que “desferem golpes ao ar” na medida que o tempo se torna mais e mais escasso e as oportunidades de ser e fazer algo, igualmente, se dissipam gradativamente, num mundo de inumeráveis e confusas elucubrações.
A partir desta ótica que não dispensa o direito de ser refutada ou reputada como uma medíocre forma de enxergar os fatos, prossigo compreendendo que nos resta apenas observar a simples e clara recomendação feita ao grande rei Salomão: “... conhece o Deus de teu pai...”.
Que seja esta a nossa mais elevada motivação para seguir em frente até nos depararmos com aquela fronteira onde se encontram instalados e cada vez mais próximos, os portões que nos colocam diante do infinito horizonte da eternidade.
Rev. Marcos Martins Dias