01 abril 2008

CORTADO OU PODADO

“Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda”. Jo. 15:2


Dentre todos os desvios doutrinários sofridos pelo Povo de Deus constatados e confrontados com a vinda de Cristo, nos deparamos com o conceito extremamente equivocado de que, por ser o Povo escolhido conforme os registros veterotestamentários, Israel se considerava a videira na qual todos os que fazem parte do Reino de Deus estavam ligados; entretanto, nesta passagem, Jesus esclarece de modo incisivo que Ele é, verdadeiramente (de fato e por direito), a videira, diferente do modo como Israel compreendiam. E, uma vez tendo este princípio trivial esclarecido, seria preciso abrir mão deste conceito proselitista e substituí-lo pelo ensino de que Cristo é o único meio pelo qual o homem pode fazer parte do Reino de Deus.
Neste processo antecedido pelo ato de ter sido ligado a Cristo, o tratamento dado a todos os que se declaram fazer parte da Videira Verdadeira confirma esta realidade através dos frutos que produzem. Na verdade, mais do que isto; na produção de muito fruto, conforme Jo. 15. 5. E para que este processo ocorra, os “ramos” infrutíferos devem ser cortados e os “ramos” produtivos devem ser limpos e podados para que produzam mais fruto ainda.
Este trabalho não diz respeito apenas a Israel, considerando que estamos tratando de todos os ramos, judeus e gentios, ligados à Videira, o que nos inclui na qualidade de enxertados, como está escrito em Rm. 11. 17 e 18.
Esta lição, embora simples de aprender, parece não estar sendo levada tão a sério como deveria, posto que ainda há muitos fazendo declarações lacônicas, desprovidas de qualquer consistência suficiente para convencer a quê ou a quem estamos ligados. Isto é um fator importante porque determina a condição em que nos encontramos, ou seja, cortados ou podados.
Apesar de ambos serem extremamente dolorosos, vale lembrar que enquanto um envolve a condenação e sofrimento eternos, o outro aponta para uma condição cada vez mais elevada na produção de frutos resultantes da presença de Cristo na vida e culmina numa eternidade desfrutada amplamente de todos os privilégios prometidos àqueles que, de fato, são parte de Cristo.
Precisamos refletir sobre a importância de estar cortado ou ser podado, motivando-nos a cultivar uma vida que fale, por seus frutos, quem nós somos.

Rev. Marcos Martins Dias

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