07 abril 2008

SEMENTE ENTRE ESPINHOS

“A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.” Lc. 8:14

Cuidados, riquezas e deleites da vida. Se estas palavras não tivessem saído da boca de Jesus, dificilmente tais elementos seriam qualificados como espinhos que são verdadeiros empecilhos para o crescimento da boa semente e o resultado natural de seu desenvolvimento que é a produção de frutos.
No entanto, aí está. Posto de modo direto, objetivo e claro, ensinado numa época distante e, em detrimento disto, tão atual que parece se referir ao piores males que têm assolado a vida de muitos crentes em nossa geração.
É preocupante contemplar as crescentes inquietações que têm absorvido o que poderíamos chamar de “as primícias” da igreja hodierna, levando-a a perder de vista a razão principal de sua existência e a ser sufocada por questões que, embora em si mesmo não se constituam pecado, têm sido verdadeiros obstáculos na identificação de um cristianismo caracterizado pela boa semente e pela qualidade dos frutos que precisa produzir.
Não estamos abordando sobre fatores que qualquer pessoa seja capaz de demonstrar. Nosso foco está nos frutos que resultam da presença do Espírito Santo na vida de todo aquele que foi alcançado pela divina semente.
Mas, como disse Jesus, os holofotes estão lançados sobre os espinhos. São eles que têm conseguido extrair o melhor da terra, adquirindo vida e nutrindo o vigor responsável por sufocar o que, de fato, deveria encontrar no coração humano, o local apropriado para germinar, crescer e frutificar.
É preciso ser honesto o suficiente para admitir este grave problema que fez a igreja enfermar e, diante desta análise sincera, buscar, desesperada e urgentemente, reverter o quadro que se estabeleceu, antes que o Senhor da terra decida fazer a colheita prometida em busca dos frutos que espera encontrar, aniquilando tudo o que sempre representou uma ameaça para a ampliação de Seu Reino e, para O qual “os cuidados, as riquezas e os deleites do mundo” não trouxeram qualquer contribuição para qualificar a terra onde a semente foi lançada, a não ser para sufocá-la e absorvê-la.
Estejamos prontos para apresentar, dia a dia, os frutos que Deus requer de nós, arrancando os espinhos e nutrindo a divina semente em nosso coração.

Rev. Marcos Martins Dias

Nenhum comentário: