“Que darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” Sl. 116.12
Ao fazer esta pergunta, o salmista não está demonstrando algum tipo de ignorância, aguardando uma resposta que lhe fosse satisfatória e esclarecedora para que, então, baseado em alguma sábia instrução, tomar a atitude de oferecer algo a Deus como demonstração de sua gratidão. Isto se nota, perfeitamente, no versículo que se segue, onde ele mesmo responde dizendo: “Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.”
Ao fazer esta pergunta, o salmista não está demonstrando algum tipo de ignorância, aguardando uma resposta que lhe fosse satisfatória e esclarecedora para que, então, baseado em alguma sábia instrução, tomar a atitude de oferecer algo a Deus como demonstração de sua gratidão. Isto se nota, perfeitamente, no versículo que se segue, onde ele mesmo responde dizendo: “Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.”
É impressionante como a nossa gratidão a Deus pelo que Ele nos fez e faz não nos põe em vantagem diante dEle uma vez que a nossa resposta nos mantém como objetos de Seu favor, como alvos de Sua graça, na medida que não há outro meio de Lhe sermos gratos a não ser inclinando, humildemente, nosso coração perante Ele, admitindo o fato de que somos pecadores e carecemos do Seu perdão, além de ficarmos livres de qualquer tipo de idolatria uma vez que Ele mesmo é quem desvenda os nossos olhos para reconhecer que não há outro que possa ou deva ser invocado e que responda às nossas súplicas e nos socorra em nossas aflições. Não há deus acima do Senhor. Não há outro em quem podemos depositar a nossa confiança e esperar com plena segurança.
Embora diariamente devamos refletir nesta questão, considerando a ocasião reservada para celebrar “o dia de ações de graças”, torna-se bastante oportuno inquirir a nós mesmos se temos compreendido que não possuimos nada que Deus já não tenha, além de admitir que nossa omissão não pode provocar qualquer tipo de empobrecimento ou diminuição de Sua Majestade e Glória, as quais sobrepujam o que de mais magnífico, exuberante e valoroso que possa ser conhecido pela mente humana. Em outras palavras, mesmo quando assumimos a postura de ser gratos a Deus pelo que quer que seja, os principais beneficiados somos nós mesmos; ao passo que, se não o fazemos, da mesma forma, nós é que somos os prejudicados pois Deus é Quem Ele é e faz o que faz independente do que pensamos, fazemos ou deixamos de fazer a Seu respeito.
De algum modo, tudo o que intentarmos oferecer-Lhe, já é dEle e a atitude de atribuir como sendo “nosso” o que se conquista nesta vida, demonstra a falta de entendimento acerca de Deus e de Sua soberania sobre tudo e sobre todos. Isto está definido claramente no Sl. 24.1 onde se lê: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.”.
Roguemos a Deus, irmãos, que sejamos esclarecidos sobre o verdadeiro sentido que a gratidão adquire quando Ele é o alvo desta nobre atitude que reveste toda a vida cristã, de modo que o reconhecimento de que nada mais somos que Seus mordomos, esteja sempre presente em nosso coração.
Rev. Marcos Martins Dias
Rev. Marcos Martins Dias
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