09 novembro 2006

GOSTO E NECESSIDADE

“Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico” Sl. 100.2

Há muitas maneiras de colocar em prática a exortação que o salmista faz no texto em destaque; entretanto, se precisarmos indicar um modo mais convencional e habitual, provavelmente apontaríamos para o envolvimento que se tem com a igreja local por meio de seus departamentos e sociedades. No entanto, não é preciso fazer muito esforço para provar que “servir ao Senhor” é bem mais abrangente que estar comprometido com as nossas “causas locais”.
Apesar disto, não é incorreto dizer que o modo como nos comprometemos com a igreja da qual somos membros, comumente serve como termômetro para medir a qualidade da vida cristã que temos cultivado.
Além disto, é bom lembrar que este serviço deve ser feito com alegria e espontaneidade. O que não significa freqüentar a Igreja apenas por uma questão de satisfação pessoal.
É verdade que muitos, quando chegam pela primeira vez na igreja, são recebidos com um relativo carinho e, com isto, conquistados pela simpatia a qual cria um ambiente extremamente favorável, aconchegante, encorajador e que, de algum modo, contribui para que o que se faz esteja revestido de alegria.
Diante disto é sempre oportuno lembrar que tal contexto jamais deve ser a alavanca motivadora que nos leva a servir a Deus satisfatoriamente. Não é incomum ver quem freqüenta esta ou aquela igreja porque gosta dos seus cânticos, da pessoa do pregador, de sua forma litúrgica, das pessoas com quem se relaciona, enfim, o fator preponderante para deixa-la tranqüila em relação a Deus acaba sendo a sua satisfação pessoal. No entanto, os que têm um conhecimento mais acurado das Escrituras sabem que isto nunca deve ser a razão principal porque nos filiamos a uma Igreja. Esta questão tem sido a grande responsável por levar gente daqui para lá e de lá para cá, de tal maneira que, elas são como folhas levadas pelo vento, seja em busca de um afago, de um agrado, de um “sentir-se sempre bem”. É verdade que é muito bom quando podemos nos satisfazer ao mesmo tempo em que realizamos aquilo de que precisamos; todavia, o “precisar” precede o “gostar”. É fundamental pensar primeiro naquilo de que se necessita, ainda que não se harmonize com o que, normalmente, se gosta.
Assim é a estada de muitos na Igreja. Pode ser que as coisas não estejam como eu ou você gostaria, mas, somos convocados pelo salmista a servir ao Senhor com alegria e a ter sempre um cântico de louvor nos lábios. Faça isto e você verá o quanto é agradável servir ao Senhor mesmo quando as coisas não são do jeito que eu quero.

Rev. Marcos Martins Dias

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