“Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.” Gl. 6. 8
Ano após ano estamos, continuamente, colhendo frutos de tudo quanto plantamos ao longo de nossa vida. Além disto, não deixamos de prosseguir em nossa semeadura, tendo ao nosso alcance inúmeras oportunidades para avaliar a qualidade das sementes que temos lançado e fazer o que for preciso para garantir uma boa colheita.
Como toda auto-análise, esta tarefa representa certo desafio, considerando que nem sempre enxergamos cristalinamente o que diz respeito a nós mesmos. Portanto, é possível que o que julgamos estar correto, além de provocar certos transtornos na hora da colheita, permanece sendo o conteúdo do nosso “bornal” e, deste modo, fazendo perpetuar o que deveria ser modificado.
Sabemos que quando o assunto tem a ver com questões relativas à “carne”, não se está tratando de coisas boas. Por isso mesmo, Paulo afirma que o resultado de lançar este tipo de semente produz corrupção e, não deve haver qualquer dúvida quanto a isto; pois, se alguém semeia mentira, colherá desconfiança; se semeia inimizades, colherá medo, insegurança, solidão etc.; se semeia o pecado, dele colherá disciplina, juízo, condenação. Por outro lado, ao compreender que o quadro pode ser revertido, qualquer um em sã consciência providenciará a mudança das sementes, considerando que o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. Isto inclui os benefícios desfrutados agora e no porvir, seja em questões de credibilidade, de autoridade, de harmonia, de paz entre homens e Deus, seja, sobretudo, sendo beneficiado com a salvação eterna.
Embora não estejam em xeque as sementes de caráter temporal desde que alinhadas aos preceitos bíblicos, os benefícios eternos de um plantio correto têm proeminência e estão intrinsecamente ligados ao caráter das sementes que ocupo-me em lançar. Por isso mesmo, devo refletir com muito mais seriedade sobre o que tem sido feito visando uma colheita que não termina no final da vida mas, que acompanha o semeador, transpondo a fronteira que conduz à eternidade.
Esforcemo-nos para não desistir de cumprir nossa tarefa de lançar a boa semente; de outro modo, não restará outro trabalho a não ser a terrível realidade de nos ocuparmos em plantar o que não traz qualquer benefício e colher frutos que produzem o que Paulo define como “corrupção”.
Tomemos a séria decisão de considerar com honestidade o tipo de semente que conduzimos e a atitude que precisamos tomar para sermos alvos da maravilhosa experiência de colher vida eterna, mesmo que, no momento, sejamos levados a semear entre lágrimas e algum sofrimento.
Rev. Marcos Martins Dias
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