19 dezembro 2009

O AMOR NASCEU

“Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.” I Jo. 4. 9


O amor é como a fé. Não pode ser visto e é muito mais do que aquela virtude que se encaixa no âmbito dos sentidos. Não há como descrever a experiência de amar e de ser amado, de experimentar o amor recebido e também oferecido.

Houve um curto período na história em que o amor materializou-se na medida em que Deus assumiu a forma humana. O que antes era invisível, embora há muito conhecido, agora era parte constituinte de Jesus. Poderia ser visto, ser tocado, ser ouvido, ser sentido. O amor se transformou em um de nós. Entretanto, não permaneceu em nosso meio. Sua incompatibilidade com a maldade e o terrível estado de pecaminosidade da raça humana resultou em seu sacrifício pela morte na cruz. O amor nasceu e também morreu. Todavia, antes de voltar para os céus, onde é o seu lugar, foi deixado para habitar entre os mortais. Mais do que isto. Para fazer parte deles.

De um modo misterioso e inexplicável, passou a integrar uma parte de nós de modo que, mesmo não sendo a essência, encontrou um lugar entre os elementos que compõem a frágil estrutura humana. Não aquela corrompida pelo pecado, consumida pelo ódio, que desconhece a paz, a humildade, a paciência, a misericórdia, a mansidão, o perdão, que não conhece Deus. Mas, uma natureza nova, recém nascida, gerada de novo, com os mesmos traços dAquele que se encarnou e em cuja essência está o amor.

Não se discute todas as qualidades inerentes a Jesus. Não se discute que seu nascimento foi a manifestação do verdadeiro amor. O que se constitui objeto de grande inquietação é a falta de provas claras de sua existência em muitos que dizem ter amor e saber o que é amar.

Quem há que não deseje ser amado? Entretanto, surge o dilema de desejá-lo mas, agir de um modo totalmente incompatível com tudo o que ele é e produz na vida daquele que, realmente, ama.

Urge o tempo de irmos além de comemorar a manifestação do amor. É preciso aprender a amar de verdade e provar que ele não está apenas entre nós. É preciso deixar bem claro que ele é parte inseparável de quem somos e, deste modo, provar dos mesmos benefícios constatados ao longo dos aproximados trinta e três anos em que Jesus demonstrou toda a diferença que ele é capaz de fazer, melhorando tudo e todos os que são afetados por ele e que vivem ao nosso redor.

Que a nossa vida seja uma prova cabal e constante de que há uma nova natureza em nós, feita por amor e habilitada para amar da mesma forma como também fomos amados e convocados a influenciar o mundo, demonstrando que não há qualquer sentido em viver quando não se sabe e não se pode amar.

Rev. Marcos Martins Dias

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