10 outubro 2008

NÃO SE DESVIARÁ DELE

“..., ainda quando for velho, não se desviará dele”. Pv. 22:6

Esta é uma das muitas promessas que fazem parte da nossa rotina de cada dia.
Talvez você pense: “Ei! Está faltando a parte inicial do versículo”. Tem razão. Preferi não colocá-la porque, embora seja muito “conhecida”, tem sido, igualmente, muito negligenciada; afinal, ensinar é uma virtude de valor (preço) inestimável. Principalmente quando este ensino diz respeito à Palavra de Deus.
Mas não é só isto. Estou falando de algo que vai muito além dos conselhos, das correções, dos “castigos”, das normas e tantas outras coisas que estão entre pais e filhos. Penso em algo que nós também julgamos saber, ou seja, segundo aquele adágio, “um gesto vale mais do que mil palavras”.
É... o desafio é tão grande que, muitas vezes dá vontade de “chutar o balde”. E não se trata de desistir de ensinar “o menino no caminho que deve andar”. Trata-se de desistir de falar aos pais que, enquanto eles não compreenderem o fato de que esta linda promessa é precedida por uma eqüitativa responsabilidade, os desajustes familiares não se limitaram apenas em bater, continuamente, a nossa porta. Eles se instalarão no melhor espaço da vida familiar, procurando aquele lugar onde deveria estar o amor e a disciplina tanto de pais como de filhos.
O fato é que muitos pais, percebendo ou não, já desistiram de perseverar no ensino que preserva a vida de um filho, contrariando a clara instrução do apóstolo Paulo, na qual nos é dito: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” Gl. 6:9; e ao fazerem isto, além de outras inumeráveis implicações que os põem em xeque diante de Deus, na prática, estão desejando para seus filhos um futuro incógnito, inseguro, preocupante, além dos malefícios já experimentados hoje, clamando em alto e bom som: “Meu Pai! Não sei mais o que faço com esse menino”, quando muitos conselheiros é que deveriam suplicar a Deus, dizendo: “Meu Pai! O que eu faço com esses pais?”
Todos nós queremos desfrutar das doces promessas das Escrituras; entretanto, é sempre bom lembrar de dar uma observada nas instruções que as precedem e, neste particular, estamos enfatizando a necessidade do ensino com a vida, através da vida e pela vida e, se for preciso, também podemos falar.
Espero que o Senhor nos dê graça para usar de honestidade em relação a nós mesmos na qualidade de pais e aos nossos filhos, a fim de que sigam fielmente, os nossos passos.
Rev. Marcos Martins Dias

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