26 julho 2007

NÃO CAIRÁ SEM O CONSENTIMENTO DO PAI

”Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai.” Mt. 10:29

Em menos de um ano, mais um trágico acidente provoca a morte de inúmeras pessoas envolvendo o transporte aéreo brasileiro e, assim como é da competência das instituições que gerenciam o setor, fazer todas as análises ao seu alcance, no intuito de apurar os detalhes da situação, aos cristãos compete também, refletir com mais vagar e aprender a lidar com este intenso pavor como também não questionar os motivos de Deus, considerando que Ele governa sobre tudo e sobre todos, como afirma o salmista: “Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.” (Sl. 103.19)
A queda de um pardal pode não nos chamar a atenção; mas é o suficiente pra ilustrar o modo como Deus governa todas as coisas grandes e pequenas, visíveis e invisíveis, nos céus e na terra, nos confins do universo.
Quanto à queda de um avião, contendo 186 pessoas e mais tantas outras que, mesmo em solo firme, foram vitimadas pelo mesmo acidente, constitui-se num cenário suficiente pra atrair os holofotes do mundo inteiro. Mas, note: o princípio é o mesmo. “Não caíra sem o consentimento de vosso Pai.”
Não há nada de errado em apurar as responsabilidades humanas. O que não se pode fazer é ficar no meio do caminho e excluir a participação de Deus neste momento crucial da história de qualquer ser humano. Refiro-me ao momento em que chega o instante de deixar o mundo e atravessar a fronteira existente entre a vida e a morte. Em nenhuma parte da Escritura Deus é apontado como o Criador que contempla o que se passa no mundo passivamente, apenas conhecendo seus resultados. Pelo contrário, Ele ocupa o trono e gerencia toda a história. Tiago entendeu muito bem isto ao ponto de afirmar: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.” Tg. 4.13-15
Diante desta realidade, a nós compete viver, humildemente, descansados nos eternos desígnios de Deus e preparados pra o dia de nosso grande encontro com o Autor e Consumador da vida.
De certa forma, confiante da salvação obtida por Cristo na cruz, o cristão sempre deve ser aquele que está pronto pra comemorar a sua partida e lembrar que os que ficam não são apenas os que choram, mas muitas vezes são aqueles por quem, provavelmente, devêssemos chorar.
Seja este o nosso consolo e também o nosso preparo para qualquer situação que se nos apresente como uma espécie de “vale da sombra da morte”.
Rev. Marcos Martins Dias

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