“Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” Sl. 119:71
“PARE DE SOFRER”. Esta é a proposta que tem revestido o conteúdo de muitas mensagens pregadas em diversas igrejas e através de variados meios de comunicação. No entanto, há que se considerar sua incompatibilidade com a Escritura e a incoerência entre o que se propõe e a realidade de uma vida sem sofrimento.
O salmo citado acima é apenas uma das infinitas referências que podem ser empregadas pra fundamentar nossa argumentação, enfatizando que não estamos lidando com algum tipo de masoquismo, mas com o propósito e a necessidade do sofrimento na vida cristã.
Dentre os diversos exemplos conhecidos, destaquemos apenas três dos mais explorados tais como “Jó, Jonas e Paulo”.
No caso de Jó, basta lembrar que, somente depois de enfrentar a dura provação a que foi submetido, chegou à seguinte conclusão: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jó 42:5. Em relação a Jonas, nas profundezas do oceano, sob intensa escuridão, acomodado no ventre de um peixe, envolvido pelas algas, entre fome e sede ao longo de três dias, sua inclinação para a desobediência e disposição para fugir da determinação divina se transformaram num espírito de resignação, arrependimento, reconhecimento da grandeza de Deus e desejo de cumprir a Sua vontade (Jn. 2.1-9).
Quanto ao apóstolo Paulo, basta que se mencione o que nos é dito em I Co. 12.10, onde lemos: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”.
Além dos exemplos citados acima, um estudo minucioso do significado de “provação” seja no Velho ou Novo Testamento, nos mostrará que o processo inclui algo como ser “aquilatado como o metal que passa pelo fogo”.
Tendo isto em conta, o mínimo que se deve esperar é que o cristão tenha estrutura suficiente para suportar o processo divino de lapidação através do qual é aperfeiçoado; o que, sem dúvida, descarta qualquer intenção de ficar definitivamente livre do sofrimento. E, neste caso, o melhor a fazer é abraçar as palavras encorajadoras registradas em I Co. 10.13: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”. Cabe ressaltar que o mesmo vocábulo grego utilizado para "tentação" também é traduzido por "provação" e, a linha mais coerente a ser seguida no caso deste texto aponta para o seguinte entendimento: "não vos sobreveio provação que não fosse comum a todos os homens...".
Fica, então, a responsabilidade de decidir pela lapidação ou pelo atrofiamento espiritual. Basta que se compreenda, se submeta e supere as provações pelas quais é preciso passar continuamente e, sem qualquer dúvida, os resultados sempre estarão garantidos pelo nosso Deus.
Rev. Marcos Martins Dias
“PARE DE SOFRER”. Esta é a proposta que tem revestido o conteúdo de muitas mensagens pregadas em diversas igrejas e através de variados meios de comunicação. No entanto, há que se considerar sua incompatibilidade com a Escritura e a incoerência entre o que se propõe e a realidade de uma vida sem sofrimento.
O salmo citado acima é apenas uma das infinitas referências que podem ser empregadas pra fundamentar nossa argumentação, enfatizando que não estamos lidando com algum tipo de masoquismo, mas com o propósito e a necessidade do sofrimento na vida cristã.
Dentre os diversos exemplos conhecidos, destaquemos apenas três dos mais explorados tais como “Jó, Jonas e Paulo”.
No caso de Jó, basta lembrar que, somente depois de enfrentar a dura provação a que foi submetido, chegou à seguinte conclusão: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jó 42:5. Em relação a Jonas, nas profundezas do oceano, sob intensa escuridão, acomodado no ventre de um peixe, envolvido pelas algas, entre fome e sede ao longo de três dias, sua inclinação para a desobediência e disposição para fugir da determinação divina se transformaram num espírito de resignação, arrependimento, reconhecimento da grandeza de Deus e desejo de cumprir a Sua vontade (Jn. 2.1-9).
Quanto ao apóstolo Paulo, basta que se mencione o que nos é dito em I Co. 12.10, onde lemos: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”.
Além dos exemplos citados acima, um estudo minucioso do significado de “provação” seja no Velho ou Novo Testamento, nos mostrará que o processo inclui algo como ser “aquilatado como o metal que passa pelo fogo”.
Tendo isto em conta, o mínimo que se deve esperar é que o cristão tenha estrutura suficiente para suportar o processo divino de lapidação através do qual é aperfeiçoado; o que, sem dúvida, descarta qualquer intenção de ficar definitivamente livre do sofrimento. E, neste caso, o melhor a fazer é abraçar as palavras encorajadoras registradas em I Co. 10.13: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”. Cabe ressaltar que o mesmo vocábulo grego utilizado para "tentação" também é traduzido por "provação" e, a linha mais coerente a ser seguida no caso deste texto aponta para o seguinte entendimento: "não vos sobreveio provação que não fosse comum a todos os homens...".
Fica, então, a responsabilidade de decidir pela lapidação ou pelo atrofiamento espiritual. Basta que se compreenda, se submeta e supere as provações pelas quais é preciso passar continuamente e, sem qualquer dúvida, os resultados sempre estarão garantidos pelo nosso Deus.
Rev. Marcos Martins Dias
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