16 outubro 2006

CUIDADO NO FALAR

“Não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que o contamina.” Mt. 15.11


Normalmente as pessoas se preocupam com o tipo de alimentação que têm ingerido. Na verdade, a comida deixou de ser apenas uma necessidade e tornou-se um instrumento de prazer, adquirindo múltiplas cores, formas e sabores, impactando o olhar e explorando bem mais o desejo, sem levar em conta os benefícios ou os males que podem ser causados ao organismo.
Certamente se determinado alimento é inadequado, os prejuízos para a saúde são inevitáveis; entretanto, a extensão dos danos ocasionados concentra-se na pessoa do próprio consumidor, ainda que traga alguma espécie de males para os outros que estão à sua volta, em função de uma possível mobilização que visa solucionar o problema, seja ele qual for. Mas, a grande questão não está naquilo que entre pela boca, mas no que sai. Os problemas são infinitamente maiores quando os lábios não são instrumentos para a edificação dos ouvintes.
Aquilo que se diz pode atingir a alma, influenciar na formação do caráter e contribuir para o bem ou para o mal, edificando na medida que se manifesta a vontade de Deus ou criando um rastro de morte e destruição se o que está sendo disseminado é desprovido do conhecimento das Escrituras e agravado pela falta de bom senso para enxergar os desdobramentos futuros, as conseqüências de algo dito fora de tempo e de um conteúdo que pode ser letal.
O que sai da boca pode ser comparado a uma pequena fagulha que põe fogo numa floresta inteira, o qual ninguém consegue apagar. Mas, também, pode estar revestido de graça e, conseqüentemente, produzir a edificação na vida dos que ouvem.
É sempre oportuno inquirir a nós mesmos sobre a qualidade das coisas que dizemos e o objetivo que pretendemos atingir, observando se temos sido bons instrumentos para o bem de todos ou se o que importa é apenas falar, independente dos resultados que isto causará.
Que Deus nos ajude a refletir com seriedade sobre este assunto e a rogar incessantemente para que Ele ponha “guardas em nossa boca”.


Rev. Marcos Martins Dias

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