“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Tm. 3.16-17
O final do mês de outubro, normalmente, é marcado pelas comemorações que se fazem nas igrejas reformadas em decorrência dos fatos históricos que se deram no séc. XVI, cuja Escritura readquiriu o seu lugar de primazia no que tange a ser o referencial para a fé em seu sentido teórico e prático, levando muitos cristãos da época a questionarem diversas práticas que não se compatibilizavam com os ensinos bíblicos.
Foi um período de grandes mudanças na história da igreja, a qual havia comprometido o seu fundamento na medida que o compartilhou com outros elementos extremamente frágeis, ou seja, a infalibilidade papal e a tradição da igreja.
Quando nos reportamos aos fatos ocorridos na ocasião, não significa que assimilamos a importância destes acontecimentos e os novos rumos que eles deram para a igreja até os nossos dias; na verdade, por vezes tenho ouvido alguns afirmarem que urge o tempo de realizarmos “uma nova reforma”.
Compreendo o que se pretende dizer e lamento o fato de ter que concordar com esta colocação. Refiro-me à realidade que vem tomando conta da igreja hodierna e que, com algumas exceções, não expressa o mesmo zelo e preocupação presentes na vida dos reformadores, os quais se deram em favor de devolver à igreja o equilíbrio que se ausentara por longos anos, retomando o lugar que a Bíblia deve ocupar na igreja cristã.
Não seria nenhum atrevimento dizer que, embora tenhamos acesso fácil à Palavra de Deus, normalmente o mesmo não se verifica na aplicabilidade de seus ensinos na vida de cada um, na medida que pomos o discurso e a prática frente a frente.
Quando compreendemos a profundidade do que o apóstolo Paulo diz a Timóteo no texto em destaque, podemos verificar que, mesmo afirmando que a Escritura é nossa única regra de fé e prática, não quer dizer que temos lhe dispensado este fundamental tratamento e, como resultado disto, acabamos por ficar expostos a múltiplas fragilidades que nos distanciam de um dos propósitos pelo qual nos foi dada esta importante revelação, ou seja, tornar-nos “perfeitos” e perfeitamente habilitados para a boa obra.
É preciso refletir no valor que a Palavra de Deus tem para a Sua igreja e rogar que nos seja dada a mesma sensibilidade de nossos antepassados a fim de nos mantermos amparados neste alicerce inerrante e infalível.
Roguemos, portanto, a Deus o mesmo espírito desbravador que impeliu os reformadores a lutarem por este ideal e nos esforcemos para que a Bíblia seja mais do que um livro de cabeceira; ao contrário disto, certifiquemo-nos de que ela tem sido um precioso instrumento para o nosso fortalecimento espiritual dia após dia.
Rev. Marcos Martins Dias
O final do mês de outubro, normalmente, é marcado pelas comemorações que se fazem nas igrejas reformadas em decorrência dos fatos históricos que se deram no séc. XVI, cuja Escritura readquiriu o seu lugar de primazia no que tange a ser o referencial para a fé em seu sentido teórico e prático, levando muitos cristãos da época a questionarem diversas práticas que não se compatibilizavam com os ensinos bíblicos.
Foi um período de grandes mudanças na história da igreja, a qual havia comprometido o seu fundamento na medida que o compartilhou com outros elementos extremamente frágeis, ou seja, a infalibilidade papal e a tradição da igreja.
Quando nos reportamos aos fatos ocorridos na ocasião, não significa que assimilamos a importância destes acontecimentos e os novos rumos que eles deram para a igreja até os nossos dias; na verdade, por vezes tenho ouvido alguns afirmarem que urge o tempo de realizarmos “uma nova reforma”.
Compreendo o que se pretende dizer e lamento o fato de ter que concordar com esta colocação. Refiro-me à realidade que vem tomando conta da igreja hodierna e que, com algumas exceções, não expressa o mesmo zelo e preocupação presentes na vida dos reformadores, os quais se deram em favor de devolver à igreja o equilíbrio que se ausentara por longos anos, retomando o lugar que a Bíblia deve ocupar na igreja cristã.
Não seria nenhum atrevimento dizer que, embora tenhamos acesso fácil à Palavra de Deus, normalmente o mesmo não se verifica na aplicabilidade de seus ensinos na vida de cada um, na medida que pomos o discurso e a prática frente a frente.
Quando compreendemos a profundidade do que o apóstolo Paulo diz a Timóteo no texto em destaque, podemos verificar que, mesmo afirmando que a Escritura é nossa única regra de fé e prática, não quer dizer que temos lhe dispensado este fundamental tratamento e, como resultado disto, acabamos por ficar expostos a múltiplas fragilidades que nos distanciam de um dos propósitos pelo qual nos foi dada esta importante revelação, ou seja, tornar-nos “perfeitos” e perfeitamente habilitados para a boa obra.
É preciso refletir no valor que a Palavra de Deus tem para a Sua igreja e rogar que nos seja dada a mesma sensibilidade de nossos antepassados a fim de nos mantermos amparados neste alicerce inerrante e infalível.
Roguemos, portanto, a Deus o mesmo espírito desbravador que impeliu os reformadores a lutarem por este ideal e nos esforcemos para que a Bíblia seja mais do que um livro de cabeceira; ao contrário disto, certifiquemo-nos de que ela tem sido um precioso instrumento para o nosso fortalecimento espiritual dia após dia.
Rev. Marcos Martins Dias