“Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” Sl. 37. 5
Uma das coisas mais comuns na vida cristã é “entregar” constantemente os problemas a Deus e “esperar” os resultados desta atitude tão “segura”.
Colocar os termos “entregar, esperar e segura” entre aspas é uma atitude proposital por se tratar de um assunto que, embora pareça claro, apresenta incoerências nos sintomas observados em pessoas que, mesmo fazendo muito uso dos termos, ainda não conseguiram alcançar a verdadeira experiência de entregar, esperar e ter segurança. Isto é o que se define aqui como “uma entrega parcial”, ou seja, é o mesmo que “dizer” mas, não “fazer”.
É incrível como a confiança no ser humano atinge proporções incomparavelmente maiores do que aquela requerida pela Escritura, no que se refere a Deus. Mesmo nas coisas mais simples, podemos ser apanhados em nossa própria armadilha, tendo certeza acerca de pessoas, coisas, circunstâncias etc., que são, por si mesmas, incertas.
Deste modo, por exemplo, entregamos determinada quantia a alguém, confiamos que ele trará o que lhe foi pedido e, normalmente, esperamos tranquilamente que tudo se faça conforme o planejado. Seja em relação ao pão matinal, à conta a ser paga, à rotina normal de sair pela manhã e retornar depois, de se levar uma vida sem aquelas situações inesperadas etc.
Querendo ou não, podemos ser vitimados pelo que foi dito por meio do profeta Jeremias: “...: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparte o seu coração do SENHOR!” 17. 5.
Esta constatação se fundamenta no fato de orarmos diante de certas adversidades e “entregar” nas mãos de Deus mas, sofrendo de certa ansiedade sem saber “se”, “quando” e “como” Ele fará o que “esperamos”.
Uma “entrega pela metade” não é entrega, nem confiança, nem esperança. É o contrário de tudo isto. É ausência daquela fé genuína que promove descanso, paz e que o entendimento é incapaz de alcançar.
Nossa natureza é assim mesmo. Se podemos ver, tocar, sentir etc. parece que tudo fica mais fácil; por outro lado, se não vemos, não tocamos, não sentimos, se dependemos totalmente de crer, de depositar uma fé incondicional e irrestrita no que Deus nos diz, a hesitação bate à porta, espreita o coração humano, perturba a paz, gera insegurança, duvida da fé, contrariando princípios triviais que devem permear o relacionamento entre homem e Deus.
Está dito: “Entrega, confia e espera”. O que nos compete é simplesmente obedecer, ao mesmo tempo em que fazemos o que está ao nosso alcance.
Que Deus nos ajude a confiar de fato e de verdade em lugar de enganar a nós mesmos com uma espiritualidade superficial, sofrida, vazia, repleta de situações onde a angústia e a ansiedade ocasionadas pela inobservância da Palavra de Deus são fatores presentes na vida de muitos que se declaram fervorosos e crentes em Jesus Cristo.
Rev. Marcos Martins Dias
10 julho 2009
03 julho 2009
OVELHAS SEM NOME
“..., as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas...”
Jo. 10. 3
O movimento evangélico brasileiro tem experimentado grandes mudanças ao longo das últimas décadas, expandindo-se e multiplicando-se cada vez mais, ocasionando o surgimento de igrejas que congregam milhares de pessoas em um mesmo lugar e constroem templos de grandes proporções de arquiteturas cada vez mais avançadas e mecanismos de comunicação de última geração, além de líderes que se destacam pelo forte esquema de segurança que os cercam e por sua rápida ascensão dentro e fora da igreja.
Creio que não é possível fazer algum tipo de análise deste fenômeno religioso sem causar algum tipo de polêmica; entretanto, mesmo conhecendo a situação a que me exponho, embora não me proponha a aprofundar no assunto, não há como negar que tais mudanças são sempre acompanhadas de privilégios e responsabilidades e, assim como se multiplica o número de fiéis, tudo o mais que está relacionado a eles tende a seguir o mesmo curso.
Dentre estes fatores que merecem destaque, busco conciliar o perfil de pastor e ovelhas descrito por Jesus e a realidade que se constata em grande parte dos movimentos que conquistam a simpatia de um “público” crescente em decorrência da “força” que demonstram por “talentos” que se destacam e “fãs” que se multiplicam e se confundem entre os que ainda preservam as características de legítimos adoradores e seguidores do Filho de Deus, o qual foi confiado aos cuidados de um simples carpinteiro.
Sem me opor, absolutamente, ao avanço numérico e qualitativo dos que, verdadeiramente, experimentam o novo nascimento, observo e concluo que temos lidado com muitas ovelhas “sem nome”, sem pastor(es), amontoadas numa plateia que faz brilhar os olhos dos que as conduzem.
Obviamente que elas tem nome, personalidade, necessidades, problemas que só podem ser conhecidos num relacionamento dissociado do ajuntamento de grandes multidões. Mas, como resgatar aquele pastorado enfatizado por Jesus onde Ele é conhecido assim como conhece Suas ovelhas?
Creio que isto não se constitui em alerta apenas para nós pastores mas, para aqueles que se ajuntam aos montes e se satisfazem com o relacionamento superficial, com experiências pontuais ocorridas nos “espetáculos” que se multiplicam a pretexto de adoração a Deus.
Isto não deve soar como um desabafo de algum pregador frustrado mas, como uma séria preocupação com a necessidade de nos relacionarmos mais como ovelhas que tem uma identidade conhecida dentro e fora dos portões de uma igreja, cujos pastores conhecem assim como também são conhecidos.
Que este arrazoado sirva para nos aplicarmos a uma séria reflexão.
Rev. Marcos Martins Dias
Jo. 10. 3
O movimento evangélico brasileiro tem experimentado grandes mudanças ao longo das últimas décadas, expandindo-se e multiplicando-se cada vez mais, ocasionando o surgimento de igrejas que congregam milhares de pessoas em um mesmo lugar e constroem templos de grandes proporções de arquiteturas cada vez mais avançadas e mecanismos de comunicação de última geração, além de líderes que se destacam pelo forte esquema de segurança que os cercam e por sua rápida ascensão dentro e fora da igreja.
Creio que não é possível fazer algum tipo de análise deste fenômeno religioso sem causar algum tipo de polêmica; entretanto, mesmo conhecendo a situação a que me exponho, embora não me proponha a aprofundar no assunto, não há como negar que tais mudanças são sempre acompanhadas de privilégios e responsabilidades e, assim como se multiplica o número de fiéis, tudo o mais que está relacionado a eles tende a seguir o mesmo curso.
Dentre estes fatores que merecem destaque, busco conciliar o perfil de pastor e ovelhas descrito por Jesus e a realidade que se constata em grande parte dos movimentos que conquistam a simpatia de um “público” crescente em decorrência da “força” que demonstram por “talentos” que se destacam e “fãs” que se multiplicam e se confundem entre os que ainda preservam as características de legítimos adoradores e seguidores do Filho de Deus, o qual foi confiado aos cuidados de um simples carpinteiro.
Sem me opor, absolutamente, ao avanço numérico e qualitativo dos que, verdadeiramente, experimentam o novo nascimento, observo e concluo que temos lidado com muitas ovelhas “sem nome”, sem pastor(es), amontoadas numa plateia que faz brilhar os olhos dos que as conduzem.
Obviamente que elas tem nome, personalidade, necessidades, problemas que só podem ser conhecidos num relacionamento dissociado do ajuntamento de grandes multidões. Mas, como resgatar aquele pastorado enfatizado por Jesus onde Ele é conhecido assim como conhece Suas ovelhas?
Creio que isto não se constitui em alerta apenas para nós pastores mas, para aqueles que se ajuntam aos montes e se satisfazem com o relacionamento superficial, com experiências pontuais ocorridas nos “espetáculos” que se multiplicam a pretexto de adoração a Deus.
Isto não deve soar como um desabafo de algum pregador frustrado mas, como uma séria preocupação com a necessidade de nos relacionarmos mais como ovelhas que tem uma identidade conhecida dentro e fora dos portões de uma igreja, cujos pastores conhecem assim como também são conhecidos.
Que este arrazoado sirva para nos aplicarmos a uma séria reflexão.
Rev. Marcos Martins Dias
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IGREJA PASTOR OVELHAS COMUNHÃO ADORAÇÃO
01 julho 2009
HAJA PACIÊNCIA
"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;”
Rm. 12 : 12
Embora a paciência seja um resultado da presença do Espírito Santo na vida do cristão, não é difícil perceber que o seu exercício tem se tornado um desafio cada vez maior diante de uma realidade onde o imediatismo tem ganhado destaque em diversos seguimentos do dia a dia.
O mais interessante é que, ao observar o versículo acima, o assunto não tem a ver com as coisas corriqueiras, ao que nos é comum, ao que faz parte do cotidiano de todos os mortais. A palavra de ordem é “ter paciência em meio às tribulações”. Como se pode notar, isto vem acompanhado de outros imperativos que apontam para a perseverança e a oração. Condições bastante óbvias para quem precisa aprender a ser paciente.
É, igualmente interessante, a maneira como não somente somos exigidos nesta área como também, perceptível ou imperceptivelmente, esperamos ser atendidos prontamente, pelas pessoas e por Deus, assim como cobramos e somos cobramos a obter resultados imediatos quanto às responsabilidades distribuídas entre nós, ignorando o sentido da paciência e nos utilizando de pretextos como: não podemos admitir o comodismo, é preciso sempre ter atitude, ainda não é a hora de Deus etc.
Pode haver exceções, sem dúvida; entretanto, se averiguarmos um pouco mais, poderemos constatar que estamos distantes de demonstrar paciência nas coisas mais comuns do nosso dia a dia. E, sendo assim, como poderemos obedecer ao imperativo de sermos pacientes em situações adversas?
Há décadas, Deus tem sido paciente comigo, perdoando minhas ofensas, concedendo-me novas oportunidades, fazendo-me favores e, sinceramente, haja paciência para tolerar a minha intempestividade o meu desejo de ver as coisas acontecerem no meu tempo, a meu modo e do meu gosto.
Não devemos nos esquecer que estamos lidando com um imperativo, com uma ordem. E, se conhecemos o significado de “esperança”, se nos prestamos ao favor próprio de dedicar tempo à oração, então estaremos menos distantes de alcançar o que nos é requerido, desfrutando gradativamente do amadurecimento de mais este precioso fruto do Espírito em nós: a paciência.
Que Deus nos ajude na busca por mais esta preciosa virtude, evidência de que somos legitimamente regenerados pelo poder do Espírito Santo.
Rev. Marcos Martins Dias
Rm. 12 : 12
Embora a paciência seja um resultado da presença do Espírito Santo na vida do cristão, não é difícil perceber que o seu exercício tem se tornado um desafio cada vez maior diante de uma realidade onde o imediatismo tem ganhado destaque em diversos seguimentos do dia a dia.
O mais interessante é que, ao observar o versículo acima, o assunto não tem a ver com as coisas corriqueiras, ao que nos é comum, ao que faz parte do cotidiano de todos os mortais. A palavra de ordem é “ter paciência em meio às tribulações”. Como se pode notar, isto vem acompanhado de outros imperativos que apontam para a perseverança e a oração. Condições bastante óbvias para quem precisa aprender a ser paciente.
É, igualmente interessante, a maneira como não somente somos exigidos nesta área como também, perceptível ou imperceptivelmente, esperamos ser atendidos prontamente, pelas pessoas e por Deus, assim como cobramos e somos cobramos a obter resultados imediatos quanto às responsabilidades distribuídas entre nós, ignorando o sentido da paciência e nos utilizando de pretextos como: não podemos admitir o comodismo, é preciso sempre ter atitude, ainda não é a hora de Deus etc.
Pode haver exceções, sem dúvida; entretanto, se averiguarmos um pouco mais, poderemos constatar que estamos distantes de demonstrar paciência nas coisas mais comuns do nosso dia a dia. E, sendo assim, como poderemos obedecer ao imperativo de sermos pacientes em situações adversas?
Há décadas, Deus tem sido paciente comigo, perdoando minhas ofensas, concedendo-me novas oportunidades, fazendo-me favores e, sinceramente, haja paciência para tolerar a minha intempestividade o meu desejo de ver as coisas acontecerem no meu tempo, a meu modo e do meu gosto.
Não devemos nos esquecer que estamos lidando com um imperativo, com uma ordem. E, se conhecemos o significado de “esperança”, se nos prestamos ao favor próprio de dedicar tempo à oração, então estaremos menos distantes de alcançar o que nos é requerido, desfrutando gradativamente do amadurecimento de mais este precioso fruto do Espírito em nós: a paciência.
Que Deus nos ajude na busca por mais esta preciosa virtude, evidência de que somos legitimamente regenerados pelo poder do Espírito Santo.
Rev. Marcos Martins Dias
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