“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” Ef. 6. 9
Nossa vida está repleta de situações que, por vezes, nos levam a trabalhar com a possibilidade da desistência no propósito de desvencilharmo-nos de preocupações, tristezas, aborrecimentos, coisas e até de pessoas.
Isto não deve nos surpreender, não deve nos levar à conclusão de que somos fracos, incapazes de prosseguir, de lutar, de vencer. Não estamos solitários ao conjecturar sobre os resultados de abandonar o que deveríamos suportar. Esta é mais uma daquelas típicas condições que são compartilhadas pelos mortais.
Consciente disto, o apóstolo Paulo escreve aos gálatas sobre a necessidade de perseverar em fazer o bem, asseverando que há um tempo para ceifar, caso haja determinação, disposição, continuidade, insistência e seus similares.
É preciso, entretanto, observar o cuidado de não dissociar esta promessa ao que é dito antes e depois. Refiro-me ao fato de estar mais do que comprovado que, geralmente, colhe-se o que se planta e que, tendo esta consciência, é preciso fazer o bem a todos continua e indiscriminadamente, com ênfase aos da família da fé, lembrando sempre que a ceifa não tem nenhuma relação com o imediatismo ao qual estamos tão acostumados. Isto se define pelo uso do termo “a seu tempo ceifaremos”, ou seja, embora a linguagem figurada nos lembre do tempo previsto para as folhas, flores e frutos, neste caso, em se tratando de semear para o Espírito, não reunimos condições para prever o tempo apropriado para a colheita. Isto está no âmbito da economia exclusiva de Deus.
Sendo assim, não é incomum notar o inconformismo de muitos que, julgando lançar a semente certa, lamentam a ausência de resultados. Dois problemas sérios que não encontram amparo no texto, posto que, nosso julgamento pode estar em discordância com o parecer divino e não estamos sendo encorajados a ficar de plantão esperando um momento para comemorar. Embora isto possa ocorrer em vida, os resultados definitivos de tudo quanto fazemos estão reservados para a eternidade onde havemos de desfrutar plenamente a alegria, o conforto, o prêmio reservado para os que aprenderam o significado de “não nos cansemos de fazer o bem”.
Portanto, ainda que seja mais fácil desistir, a segurança está em perseverar, por mais difícil que isto possa representar.
Que Deus nos ajude a ter a paciência necessária para nos mantermos firmes frente ao desafio que este trabalho representa.
Rev. Marcos Martins Dias
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