“Estas cousas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos tem chegado”. II Co. 10. 11
A história de Israel tem servido de grande influência sobre a igreja pós moderna.
Isto pode ser notado pelo modo como as manifestações sobrenaturais são exaustivamente exploradas, as conquistas sobre outros povos, ricas promessas alcançadas, grandes profetas que se destacaram e outros elementos que inspiram o comportamento de muitos e as incontáveis formas de se compreender o modo de Deus agir ontem, hoje e sempre.
Seria um grande erro concluir que aprender com o passado é algo simples de se obter. Isto se observa claramente na maneira como nossos antepassados incidiram nos mesmos erros muitas e muitas vezes, demonstrando a força que a velha natureza possui em desviar-se com certa facilidade de tudo quanto é certo, justo e bom.
Obviamente somos levados a concluir que a misericórdia de Deus sempre foi a razão da preservação dos judeus e a responsável pela prodigiosa manifestação de grandes benefícios ao longo de toda a sua história, considerando que a inobservância do preceitos divinos assumem proporções incomparavelmente maiores do que o contrário, ou seja, a desobediência sempre levou vantagem sobre a obediência, a exceção de Cristo, Deus mesmo encarnado.
Deste modo, não nos surpreende que o apóstolo Paulo se utilize da expressão “Deus não se agradou da maioria deles” para mostrar que, assim como Suas mãos não estavam encolhidas para salvar, também jamais deixaram de punir o pecado e corrigir Seu Povo, jamais permitindo que qualquer um de Seus planos fosse frustrado.
Estamos vivendo tempos cada vez mais difíceis. Isto não é nenhuma novidade; entretanto, saber que isto é uma realidade não implica aprendizado, convicção de que estamos inseridos neste contexto onde a igreja permanece se mostrando inclinada para a desobediência, embora, em muitos sentidos, prefira enfocar a misericórdia de Deus e aguardar pelos Seus favores, por Suas promessas de bênçãos, de vitórias, de conquistas e, sobretudo, de salvação, tentando minimizar a gravidade de sua situação.
Isto serve para mostrar o quanto é difícil aprender. Mesmo assim, Deus não desiste de nós e, além de registrar os erros do passado para nos servirem de advertência, principalmente levando em conta que “os fins dos séculos tem chegado”, nos concede um dia após o outro para refletir sobre como temos nos comportado e o quanto ainda precisa ser reparado, a fim de que não sejamos insensibilizados pela sensação de que estamos em pé e imunes a possibilidade de cair.
Aprender não é tarefa fácil; entretanto, também não é impossível. A humildade para enxergar esta realidade já é um bom começo. Portanto, nos apliquemos a refletir sobre tudo quanto já ficou para trás, trabalhando para que o dia de hoje seja melhor do que ontem e o prenúncio de um futuro sempre superior, a caminho de uma eternidade em companhia de Cristo, segundo cuja imagem estamos sendo moldados.
Rev. Marcos Martins Dias
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