“E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Lc. 2. 13 e 14
Aquele dia em que os anjos anunciaram o nascimento de Cristo foi marcado por uma sucessão de acontecimentos que jamais foram esquecidos na história. Ano após ano, são lembrados de muitas maneiras e através de variadas comemorações.
Rememorar o nascimento de Cristo não requer qualquer esforço de nós ou mesmo daqueles que procuram escapar do comprometimento que tal lembrança venha a ter com a fé, relativo às implicações de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus.
Creio até que, se por alguma razão, em um ano qualquer, esta data não fosse comemorada, muitas consequências imagináveis e inimagináveis poderiam ocorrer, muito provavelmente ocasionadas por questões de tradição que por questões de fé e de comprometimento com o Reio de Deus. Até porque, não é esta a ênfase que o Novo Testamento procura dar ao abordar sobre o ministério terreno de Jesus.
Tem-se a impressão que, apesar do natal ser inesquecível, a lembrança que se tem de Cristo, de Seus ensinamentos, do propósito que O trouxe ao mundo, do que devemos fazer como resposta a esta iniciativa divina etc., isto sim, parece destoar radicalmente de todo o movimento que se faz dentro e fora das igrejas nesta época de cada ano, a pretexto do fato ocorrido em Belém da Judéia, de um modo discreto, revelado a pastores e a magos vindos do oriente, tendo como coadjuvantes os animais que se abrigavam na estrebaria, com o destaque daquela estrela enviada, não para ornamentar casas, shoppings, igrejas e outras instituições mas, para indicar o lugar onde Deus seria encontrado encarnado na pessoa de um recém nascido, cumprindo tudo quando havia sido profetizado no Antigo Testamento a respeito da salvação eterna.
Como seria bom se, não apenas o natal fosse inesquecível, não é mesmo? Afinal, não se lembrar do ministério terreno de Jesus e o propósito eterno desta graça salvadora é um outro modo de demonstrar que, na realidade, o natal, nos moldes em que temos comemorado e conhecido, não passará de uma mera lembrança, sem fazer qualquer diferença na vida de todos quantos envidam grandes esforços e empreendimentos para que esta data do ano seja marcada por luzes, árvores, cânticos, sinos, panetones, uvas passas e tantas outras coisas mais que, a propósito, não contêm qualquer efeito transformador sobre a vida de quantos se envolvem em todas estas coisas que têm suas peculiaridades, criam entusiasmo mas, geralmente, não vão além da rotina.
Que Deus nos ajude a avaliarmos este assunto com a humildade que se requer de nós, conduzindo-nos a mudanças que ocorram a partir do coração.
Rev. Marcos Martins Dias
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