"Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos." Jz. 17. 6 e 21. 25
A natureza humana sempre demonstrou certa dificuldade para lidar com autoridades, leis, normas, princípios ou regras. Tem-se a impressão que cada um sabe deliberar correta e sabiamente sobre todo e qualquer tipo de situação que requeira alguma decisão. Entretanto, ao longo de toda a história, a humanidade sempre manifestou uma grande dificuldade em lidar com este assunto.
Houve um tempo em que Israel não tinha rei e, mesmo estando sujeito a um governo teocrático, sob as decisões de Juízes conforme se pode observar no texto em destaque, cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos. Uma verdadeira anarquia.
É curioso notar que, depois de uma análise acurada de Juízes 17.6 a 21. 25, percebe-se que todos os fatos ocorridos neste período começam e terminam precisamente com as mesmas palavras como se fossem uma espécie de introdução e conclusão para as inúmeras tragédias ocorridas entre eles. Afinal há registros de adultério, idolatria, corrupção, chacina, líderes indecisos em momentos de extrema tensão e necessidade de posições firmes e acertadas, dentre outras anomalias.
Sem qualquer exagero, não seria impróprio dizer que o caos se estabeleceu em Israel. A anarquia ficou caracterizada pela inobservância de verdades absolutas, princípios éticos claros e, dentre outras coisas, uma total e irrestrita sujeição à vontade de Deus, embora em alguns momentos o povo O tenha consultado.
É extremamente preocupante observar os fatos que se dão ao nosso redor e concluir que a condição de nossa época se destaca pela ausência de posicionamentos claramente definidos como certos ou errados, verdadeiros ou falsos, normais ou anormais, bons ou maus, camuflando uma verdadeira anarquia que se abriga sob o escudo da discriminação, do racismo, do preconceito e outras coisas mais.
Urge que enfrentemos o catastrófico relativismo com a inerrante e infalível verdade que provém de Deus, sem a qual o que resta é um quadro caracterizado por conseqüências funestas tais como a incerteza, a insegurança, a desordem, o caos que culmina na iminente e inevitável destruição de tudo que se volta contra Deus.
Supliquemos ao Senhor que nos ajude a enfrentar esta confusão sem precedentes, sendo guardados e conduzidos a salvo até o último dia conforme II Tm. 4. 18: "E o SENHOR me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém."
Rev. Marcos Martins Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário