15 março 2008

O MAIS IMPORTANTE É O QUE VEJO

“não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” 2 Co. 4:18

Talvez você pense ou diga que não é preciso fazer esta afirmação; porque quem não sabe que os maiores valores do cristão são aqueles relacionados ao que nos aguarda no porvir, os quais, comparados a tudo de bom e de melhor que se pode obter no mundo, os sobrepujam em todos os sentidos? Entretanto, concordar com isto não implica, necessariamente praticar isto; afinal, os fatos comprovam que são as coisas visíveis que, normalmente, provocam as diversas ações e reações mais comuns nos seres humanos, inclusive nos que confessam crer em Cristo e viver, continuamente, sob a Sua Palavra.
De certa forma, isto se explica pelas inúmeras dificuldades que nossa natureza tem em se adequar ao modo de Deus conduzir, governar cada detalhe de nossa vida e nos orientar a uma irrestrita sujeição a isto.
São coisas assim que, comumente, levam a insistentes questionamentos, a uma busca incessante por respostas que, embora já tenhamos, parecem estar perdidas em algum lugar tão bem escondido que não podemos achar.
Para o apóstolo Paulo isto não era problema. Primeiro ele nos coloca na condição do que realmente somos, ou seja, vasos de barro. A isto ele acrescenta que, no entanto, temos um tesouro ali dentro e, além de outras orientações dadas neste contexto, ele diz: “Por isso, não desanimamos...”.
Para experimentar esta condição de nível tão elevado, a atitude de manter a atenção focada nas coisas que não se pode ver é apenas parte comprobatória de que assimilamos o que está sendo dito. E a razão pra isto é tão simples que fica resumida nos seguintes termos: “porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”. Mas, então, por que o que tem causado as mais elevadas turbulências no comportamento humano permanece concentrado no que é considerado “as coisas que se vêem”? Eu não consigo encontrar outra resposta a não ser constatar que há uma certa deficiência em cada um de nós que somente a graça divina é capaz de modificar a ponto de nos fazer prosseguir com um coração mais sossegado, uma alma mais descansada, uma esperança sempre viva, um otimismo realista etc.
Não sei quanto a você, mas eu pretendo continuar buscando isto porque este é o “caminho das pedras”. Um caminho que se percorre pela fé somente.
Rev. Marcos Martins Dias

Nenhum comentário: