16 dezembro 2007

NATAL E ESPERANÇA

“Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram a tua salvação,” Lc. 2. 29 e 30

De todas as cenas que giram em torno do nascimento de Jesus, este trecho está entre os menos lembrados.
Trata-se da ocasião em que Jesus foi levado e tomado nos braços por Simeão, homem já avançado em idade e que, segundo Deus, não morreria sem antes viver aquele glorioso momento.
Suas poucas palavras mostram o motivo de tão esperado momento. Elas também revelam que sua vida foi nutrida pela esperança de que veria o Salvador. Note o conhecimento que ele manifesta ter sobre Jesus, ao dizer: “a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.... Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” (31 – 35).
É incrível o conceito que ele demonstra sobre salvação aos gentios. Além disto, a presença de Cristo representava a concretização de uma antiga promessa, a qual transformaria o opróprio de Seu povo em estado de “glória”, posto que Ele estava destinado para o levantamento de muitos em Israel. Por outro lado, sua primeira vinda já trazia o prenúncio de um juízo condenatório, na medida que significava “alvo de contradição”; expressão esta cujo sentido fica ainda mais claro quando o próprio Senhor Jesus afirma que “não veio trazer paz à terra, mas espada.” (Mt. 10.34).
A esperança de Simeão e o seu conhecimento em relação ao nascimento de Cristo, são dignos de serem imitados por todos nós, os quais vivemos em um contexto de muitas frustrações e de um amplo e inexpressivo conhecimento a respeito dos motivos que trouxeram Cristo ao mundo.
Queira Deus que vivamos como salvos por Cristo, alimentando a esperança de contemplarmos o dia glorioso da Sua vinda, razão de ser de nossa existência e o motivo pelo qual, com prazer, comemoramos o Natal.

Rev. Marcos Martins Dias

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