11 outubro 2007

ONIPRESENÇA IGNORADA

“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” Sl. 139. 7 - 10

Entre os atributos que Deus decidiu compartilhar (fazer conhecidos), a Onipresença é um dos mais conhecidos entre os homens.
À exceção dos que se dizem ateus, qualquer pessoa, por mais simples que seja, não hesita em confirmar que Deus está em todo lugar.
A questão que me impressiona é que tal “entendimento”, normalmente, não tem demonstrado qualquer diferença no comportamento humano. Digo isto porque, ao examinarmos as Escrituras, percebemos o constante impacto que as manifestações de Deus causavam, levando o homem a sentir-se constrangido, insignificante e a agir com uma reverência e grande temor que não se vê há muito tempo. Não somente isto, mas também uma confiança invejável, uma tranqüilidade inexprimível, aquela paz que excede ao entendimento, uma segurança que excede ao vale da sombra da morte gerados pela certeza de que Deus é sempre presente.
É, no mínimo, perturbador, verificar que as atitudes de nossa geração refletem muito mais uma certa indiferença diante da realidade de que Deus é Deus Onipresente e que, nem de longe, pode ser comparada ao comportamento de nossos antepassados, levando-me a concluir que embora, na teoria, afirme-se crer que Deus está em todo lugar, na prática, Ele tem sido ignorado de muitas maneiras.
Isto pode ser posto de um modo bem simples. Basta refletir sobre o tempo, o modo, a postura, a atenção, a importância etc. que são dedicados a Deus em nosso dia a dia e, então, não haverá para onde fugir. Concluiremos que o relacionamento com a criatura, frágil, mortal, limitada ao tempo e ao espaço é, por menor que seja, muito maior que o que se faz diante da realidade de que Deus está sempre conosco.
Indo um pouco adiante, chegaremos a conclusões mais inquietantes. A consciência de que Deus está sempre presente deveria nos levar a um cuidado contínuo com o que falamos, fazemos ou deixamos de fazer e, além disto, a ter a mínima consideração, utilizando todo o tempo necessário para ter uma boa conversa com Ele, uma vez que, em tudo, somos dependentes de Suas sábias decisões, de Seu conselho, de Seu governo, e que estamos, continuamente, sob Sua avaliação.
A exortação registrada em Crônicas cabe pra todos nós: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” 2 Cr. 7:14
Sejamos sinceros e verifiquemos se a Onipresença de Deus tem sido tratada com grande temor e tremor ou se temos ignorando Aquele que é suficientemente poderoso dirigir nossos passos, pra salvar ou para condenar as nossas vidas.

Rev. Marcos Martins Dias

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