01 agosto 2012

CRISTIANISMO CONTEMPLATIVO

Sempre que me ponho a refletir sobre o Dia do Senhor, onde cada um de nós estará frente a frente com Jesus, de todos os textos que abordam sobre o que sucederá naquele Dia,um dos que textos que mais me vêm à mente é Mt. 25. 34 - 46. Com destaque nos versículos 34 - 36, onde nos é dito: "Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me." Preocupa-me o cristianismo contemplativo, aquele das declarações feitas a Deus, pelas orações, pelos hinos e cânticos, pela constância no ajuntamento solene, desprovidos de qualquer influência na sociedade em que vivemos, na qualidade de sal e luz, o qual tem sido tratado como resultado absoluto, se posso assim dizer, do encontro com Cristo, o qual afirmamos categoricamente haver ocorrido em nossa vida. Não sou adepto da conhecida "teologia da libertação", tampouco me sinto confortável em ver o cristianismo sendo considerado como o exercício de uma série de atividades dentro dos portões de muitas igrejas. Salvaguardadas todas as exceções, imagino que a correria do nosso dia a dia pode estar levando muitos crentes, de uma era pós moderna, a alimentar seus objetivos, a viver egocentricamente, e a perder de vista o principal propósito de sua existência neste mundo. O que fazer? Penso que, embora seja uma matéria de fácil diagnóstico e difícil solução, quem sabe não seria o momento de fazer o que é ordenado à Igreja de Éfeso em Apocalipse 2. 5, onde João escreve: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e volta à pratica as primeiras obras;...". É preciso, analisar este assunto com olhares clínicos, criticando-o a partir de nós mesmos, como tenho procurado fazer nos últimos anos, nos quais tenho sido mais requisitado para estar à frente das reuniões regulares da Igreja, participar de Corais, de Congressos, encontros de confraternização e outra interminável lista de atividades voltadas para os que já se encontraram no caminho, como se a seara já não estivesse mais branca e como se os trabalhadores já fossem muitos. Rogo, insistentemente, para que Deus me ajude a não perder o foco. A continuar em busca das ovelhas perdidas e que ainda não vieram para o aprisco. Neste sentido, compreendo que todos precisamos orar e encontrar um meio de ampliar nossa compreensão acerca da razão de nossa existência enquanto representantes do Reino de Deus neste mundo tenebroso. Marcos Dias

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