“..., a terra debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também todos os homens que pertenciam a Coré e todos os seus bens.” Nm. 16. 31 e 32
Uma das mais terríveis experiências já vividas pela humanidade ao longo da história tem sido a repentina ocorrência de certos tipos de terremotos, os quais geralmente provocam danos irreparáveis.
A última situação que ganhou destaque na mídia ocorreu no Haiti e levou o País a uma situação de calamidade. Um cenário que impressiona pelas ruínas que sobraram, pelas famílias desabrigadas, pelo número de mortos, o alto índice de pessoas mutiladas, saques, disputas por alimentos, medicamentos, pela fome, sede e tantas outras complicações que demandarão esforços sem precedentes e um tempo incalculável para que se faça uma reconstrução do que se perdeu.
Em ocasiões assim é muito comum ver a maneira desesperada como o povo clama por suas divindades, sem a mínima noção da verdadeira procedência de todo o mal a que foram submetidos e buscando uma explicação plausível para este fenômeno terrível causador de um verdadeiro pandemônio.
Não seria tão complicado encontrar as respostas que se procuram caso houvesse algum conhecimento sobre Deus, a Sua Criação, o modo como Ele a governa e de como Se utiliza dela para Se manifestar perante o quadro que tem contemplado cotidianamente.
No texto enfocado neste artigo, temos uma pequena demonstração desta divina providência que tem como propósito restabelecer a ordem, manter a justiça e corrigir o mal crescente entre os israelitas.
Está escrito e, deste modo, identifica-se claramente os fatores que levaram a terra a se abrir e servir de instrumento nas mãos de Deus contra o pecado e para lembrar o que é o ser humano e Quem detém o controle de todas as coisas em Suas mãos.
Embora muitos respirem aliviados por jamais terem conhecido de perto a terrível experiência de ver a terra se abrir debaixo de seus pés, há também aquele sentido figurado, onde as situações se comparam a um verdadeiro terremoto que abala toda a estrutura humana e faz com que muitos se sintam sem ter onde pisar.
Apesar disto, não significa que há temor, consciência de que Deus está agindo, que os estragos podem ser irreversíveis e, dentre tantas outras coisas, não há sensibilidade para enxergar o erro e as providências que precisam ser tomadas para resgatar o que ainda se pode recuperar.
É nosso dever enxergar além dos desastres naturais ocorridos na natureza. É preciso identificar outros tantos que parecem abalar nossa estrutura continuamente com algum propósito específico e para os quais somente Deus tem as respostas. Por isso mesmo, quando “a terra se abrir” debaixo de nós, nos asseguremos de estar certos quanto aos elementos que nos arremeteram a uma situação tão assustadora e busquemos os caminhos, as atitudes que converterão o caos de nossa vida no equilíbrio que somente Deus pode proporcionar.
Rev. Marcos Martins Dias
27 fevereiro 2010
22 fevereiro 2010
19 fevereiro 2010
O NOSSO EMBARAÇO
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,” Hb. 12. 1
Em outras reflexões já abordamos sobre a carreira que Deus propôs para cada um de nós e reiteramos o fato de não haver qualquer possibilidade de modificar aquilo que Ele já determinou, cabendo-nos zelar para trilhar voluntaria e alegremente toda a trajetória que ainda temos pela frente.
Neste artigo, volto a atenção para um dos grandes desafios da vida cristã, apesar de sua característica sutileza. Refiro-me ao peso que surge ao longo de todo o percurso e que precisa ser abandonado a fim de seguirmos adiante.
Note que ele não é menos ameaçador do que o pecado que, conforme está posto, “tenazmente nos assedia”. Na realidade, qualquer entrave na vida cristã se configura em pecado, posto que nos faz errar o alvo, retarda e compromete qualquer propósito em tratar com fidelidade e perseverança os desígnios de Deus.
Apesar de estar posto no mesmo nível que o pecado, é muito comum perceber como é fácil ficar embaraçado com determinadas coisas e situações, verdadeiros pesos tratados sem aquela seriedade com que se encara o pecado. Entretanto, eles requerem o mesmo cuidado, a mesma atenção, principalmente pelo modo sutil como provocam um estado de letargia e improdutividade na vida cristã.
Pessoas trabalhadoras, estudiosas, dedicadas à família e, dentre outras coisas, assoberbadas com muitas atividades eclesiásticas, encontram nestes elementos a justificativa para não disporem de tempo, condições, capacidade etc. para progredirem, avançando na carreira cristã.
De acordo com o texto, tudo o que representa um peso deve ser deixado. Logo, se fatores importantes como o trabalho, o estudo, a família e até certos acúmulos desnecessários ocasionados por algum tipo de ativismo religioso estão provocando embaraços para tanta gente, seria natural concluir que eles devem ser deixados. Por outro lado, seria insano concluir que esta é a única e melhor decisão a tomar. O que se deve fazer é acomodar cada área de nossa vida numa disposição que jamais represente um peso e crie embaraços durante o percurso.
É preciso dedicar muita atenção a isto, posto que não estamos lidando com algo claramente identificado e reprovado como pecado. Estamos falando de situações, pessoas e necessidades comuns a todos nós, as quais jamais deveriam servir como uma espécie de “escudo” para justificar a improdutividade, a inércia, o comodismo, a apatia e seus correlatos tão presentes na igreja hodierna.
Supliquemos a Deus que nos ajude a vivermos desembaraçados de qualquer tipo de peso, podendo avançar mais e mais na carreira que nos está proposta.
Rev. Marcos Martins Dias
Em outras reflexões já abordamos sobre a carreira que Deus propôs para cada um de nós e reiteramos o fato de não haver qualquer possibilidade de modificar aquilo que Ele já determinou, cabendo-nos zelar para trilhar voluntaria e alegremente toda a trajetória que ainda temos pela frente.
Neste artigo, volto a atenção para um dos grandes desafios da vida cristã, apesar de sua característica sutileza. Refiro-me ao peso que surge ao longo de todo o percurso e que precisa ser abandonado a fim de seguirmos adiante.
Note que ele não é menos ameaçador do que o pecado que, conforme está posto, “tenazmente nos assedia”. Na realidade, qualquer entrave na vida cristã se configura em pecado, posto que nos faz errar o alvo, retarda e compromete qualquer propósito em tratar com fidelidade e perseverança os desígnios de Deus.
Apesar de estar posto no mesmo nível que o pecado, é muito comum perceber como é fácil ficar embaraçado com determinadas coisas e situações, verdadeiros pesos tratados sem aquela seriedade com que se encara o pecado. Entretanto, eles requerem o mesmo cuidado, a mesma atenção, principalmente pelo modo sutil como provocam um estado de letargia e improdutividade na vida cristã.
Pessoas trabalhadoras, estudiosas, dedicadas à família e, dentre outras coisas, assoberbadas com muitas atividades eclesiásticas, encontram nestes elementos a justificativa para não disporem de tempo, condições, capacidade etc. para progredirem, avançando na carreira cristã.
De acordo com o texto, tudo o que representa um peso deve ser deixado. Logo, se fatores importantes como o trabalho, o estudo, a família e até certos acúmulos desnecessários ocasionados por algum tipo de ativismo religioso estão provocando embaraços para tanta gente, seria natural concluir que eles devem ser deixados. Por outro lado, seria insano concluir que esta é a única e melhor decisão a tomar. O que se deve fazer é acomodar cada área de nossa vida numa disposição que jamais represente um peso e crie embaraços durante o percurso.
É preciso dedicar muita atenção a isto, posto que não estamos lidando com algo claramente identificado e reprovado como pecado. Estamos falando de situações, pessoas e necessidades comuns a todos nós, as quais jamais deveriam servir como uma espécie de “escudo” para justificar a improdutividade, a inércia, o comodismo, a apatia e seus correlatos tão presentes na igreja hodierna.
Supliquemos a Deus que nos ajude a vivermos desembaraçados de qualquer tipo de peso, podendo avançar mais e mais na carreira que nos está proposta.
Rev. Marcos Martins Dias
12 fevereiro 2010
FALANDO GREGO
“para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles.” Mc. 4. 12
Quando estamos ocupados em dar orientações relativas ao modo como a vida cristã deve ser observada, geralmente, tratamos de vários assuntos desde os mais simples até os mais desafiadores, com a finalidade de levar o ouvinte a assimilar a importância de colocar em prática os ensinamentos bíblicos. Notadamente, a contínua inobservância do que Deus requer de Seus servos tem gerado um discurso tão repetitivo que é como se diz no popular: “estamos falando grego”.
É bastante curioso o fato de ver Cristo tratando este assunto de um modo bem diferenciado. Ele contou a parábola do semeador e, em resposta ao que os discípulos Lhe perguntaram, foi categórico em esclarecer que Seu objetivo não era facilitar para os ouvintes. Não era fazendo o que a maioria de nós, eventualmente, já fez, faz e ainda fará. Ele não popularizou, não empobreceu o Evangelho, não Se subjugou aos que se mostravam arrogantes, incautos, presunçosos, desinteressados e que se julgavam bons entendedores da Lei.
Jesus mostrou que, ao contrário do que pensavam acerca de si próprios, eles eram ignorantes, insensatos, escravos do pecado e lobos vestidos de ovelhas. Ao mesmo tempo, falava-lhes por parábolas e isto não facilitava muito as coisas.
Certamente isto não é uma apologia em favor de algum tipo de omissão quanto à necessidade de anunciar o Evangelho e quanto à necessidade que se tem de garantir que ele está sendo recebido como deveria, ainda que a resposta seja negativa.
O que se está enfatizando aqui é o modo como se tem falado insistentemente as mesmas verdades durante toda a existência da igreja e de como se contempla, estarrecidamente, um comportamento apático diante de exposições claras acerca da verdade, dos perigos que rondam a humanidade, da necessidade de se abandonar o pecado, de conhecer a Deus e a Sua vontade etc. É como se estivéssemos “falando grego”. Afinal, em que proporção nossos ouvintes tem mudado na medida em que recebem a Escritura?
Apesar da aparente contradição, a realidade entre o texto destacado e os fatos comprovados é a mesma, ou seja, muitos que tem ouvidos continuam sem entender e tantos outros que tem olhos permanecem cegos apesar de pensarem exatamente o contrário sobre si mesmos e, deste modo, vai-se falando repetidamente as mesmas coisas e constatando um tipo de inércia e apatia diante de atitudes que não mudam e de vidas que permanecem em declínio sem experimentar qualquer tipo de evolução espiritual.
Sejamos sinceros o suficiente para admitir o que está ocorrendo conosco e perguntemo-nos se temos respondido positivamente ao Evangelho ou se temos preferido nos acomodar ao que nos parece suficiente e que, na verdade, pode representar uma terrível e inevitável condenação agora e no porvir.
Que o Senhor nos ajude em nossas reflexões.
Rev. Marcos Martins Dias
Quando estamos ocupados em dar orientações relativas ao modo como a vida cristã deve ser observada, geralmente, tratamos de vários assuntos desde os mais simples até os mais desafiadores, com a finalidade de levar o ouvinte a assimilar a importância de colocar em prática os ensinamentos bíblicos. Notadamente, a contínua inobservância do que Deus requer de Seus servos tem gerado um discurso tão repetitivo que é como se diz no popular: “estamos falando grego”.
É bastante curioso o fato de ver Cristo tratando este assunto de um modo bem diferenciado. Ele contou a parábola do semeador e, em resposta ao que os discípulos Lhe perguntaram, foi categórico em esclarecer que Seu objetivo não era facilitar para os ouvintes. Não era fazendo o que a maioria de nós, eventualmente, já fez, faz e ainda fará. Ele não popularizou, não empobreceu o Evangelho, não Se subjugou aos que se mostravam arrogantes, incautos, presunçosos, desinteressados e que se julgavam bons entendedores da Lei.
Jesus mostrou que, ao contrário do que pensavam acerca de si próprios, eles eram ignorantes, insensatos, escravos do pecado e lobos vestidos de ovelhas. Ao mesmo tempo, falava-lhes por parábolas e isto não facilitava muito as coisas.
Certamente isto não é uma apologia em favor de algum tipo de omissão quanto à necessidade de anunciar o Evangelho e quanto à necessidade que se tem de garantir que ele está sendo recebido como deveria, ainda que a resposta seja negativa.
O que se está enfatizando aqui é o modo como se tem falado insistentemente as mesmas verdades durante toda a existência da igreja e de como se contempla, estarrecidamente, um comportamento apático diante de exposições claras acerca da verdade, dos perigos que rondam a humanidade, da necessidade de se abandonar o pecado, de conhecer a Deus e a Sua vontade etc. É como se estivéssemos “falando grego”. Afinal, em que proporção nossos ouvintes tem mudado na medida em que recebem a Escritura?
Apesar da aparente contradição, a realidade entre o texto destacado e os fatos comprovados é a mesma, ou seja, muitos que tem ouvidos continuam sem entender e tantos outros que tem olhos permanecem cegos apesar de pensarem exatamente o contrário sobre si mesmos e, deste modo, vai-se falando repetidamente as mesmas coisas e constatando um tipo de inércia e apatia diante de atitudes que não mudam e de vidas que permanecem em declínio sem experimentar qualquer tipo de evolução espiritual.
Sejamos sinceros o suficiente para admitir o que está ocorrendo conosco e perguntemo-nos se temos respondido positivamente ao Evangelho ou se temos preferido nos acomodar ao que nos parece suficiente e que, na verdade, pode representar uma terrível e inevitável condenação agora e no porvir.
Que o Senhor nos ajude em nossas reflexões.
Rev. Marcos Martins Dias
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