12 maio 2009

INCREDULIDADE NA FAMÍLIA

"porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém agora, são santos.” I Co. 7. 14

Quando nos deparamos com tanta gente querendo mudar o mundo, assustada com os desequilíbrios crescentes que se apoderam da sociedade, tem-se a impressão que os lares cristãos estão perseverando na luta contra toda impiedade a qual, começando por indivíduos, passando pelas famílias e atingindo a sociedade, permanece encontrando um oponente à altura, estando, portanto, impedida de causar maiores estragos do que o que se pode constatar.

No entanto, quando a análise que se faz está revestida da credibilidade que qualifica o cristianismo, começando por avaliar a nós mesmos, nossos lares e nossas igrejas, é possível que não encontremos a força necessária para combater todo o pecado que se avulta continuamente, destruindo vidas, famílias e até mesmo igrejas inteiras, anulando qualquer possibilidade de ser crente de fato.

Compreenda-se que isto não é uma afirmação de que “as portas do inferno prevalecerão contra ela”. Esta realidade é irrefutável, provém do Senhor da igreja e garante que, ainda que o amor de “quase todos” se esfrie, um remanescente será preservado e cumprirá o seu papel, sempre influenciando o meio em que vive.

O ponto que destaco nesta reflexão tem mais a ver com o cuidado que se deve ter de considerar-se imune aos danos que a incredulidade pode causar individual e coletivamente, com ênfase no contexto familiar.

Não se refuta a realidade que onde o crente é plantado, o mínimo que se espera é que sua presença promova diferença. O texto em epígrafe é muito claro a este respeito. A preocupação diz respeito à atitude de reivindicar os benefícios relativos à santificação tratada aqui, em detrimento de observar criteriosamente o comportamento que faz a diferença entre crente e incrédulo.

Sem qualquer dificuldade, qualquer um saberá afirmar que o vocábulo “crente” não é sinônimo de santidade. Afinal, ao isolar o termo do contexto em que está inserido no caso de I Co. 7, a palavra pode ser definida de muitas maneiras e, neste caso, é possível que haja muitos arrolados em igrejas compostas por “crentes” e que, no entanto, em matéria de convívio familiar, perdem para muitos que ainda não experimentaram as típicas mudanças resultantes de uma legítima conversão, comprometendo assim o padrão que se deve manter quanto ao trato a ser dispensado à esposa, ao marido, aos filhos, aos pais etc., a qualidade de vida que deve ser mantida em cada lar cristão.

Roguemos a Deus que nos ajude a ser instrumentos de bênçãos em nossos lares e que nos livre de maquiar a verdade, usando uma máscara para dar a impressão de que tudo está bem em nossa família e, por isso, podemos proceder com autoridade diante daqueles cuja família sofre diante da força implacável com a qual o pecado tem rompido muitos laços fraternos e, consequentemente, gerado uma sociedade decadente e corruptora na medida que causa estragos constantes e crescentes em cada casa onde a igreja deveria se fazer presente.

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