“Por volta da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.” At. 16.25
Os amplos recursos que contribuem para que a igreja evangelize tem se multiplicado ampla e rapidamente, aumentando sua qualidade, a velocidade da sua divulgação e os limites geográficos de sua área de atuação.
Isto não é fato comprobatório de que o conteúdo e a forma com que se tem procurado evangelizar acompanham os avanços apontados. Digo isto porque o quadro que contemplamos, normalmente, prioriza os periféricos, os aparatos, os meios e sacrificam o fim ao mesmo tempo em que comprometem o conteúdo.
Tente imaginar qual seria a reação dos que supervalorizam os avanços tecnológicos se, por algum motivo, tivessem que realizar sua obra sem o apoio dos recursos que se proliferam rapidamente e, com imponência similar, subjugam os que fazem uso deles, criando certa dependência involuntária. Como cantar se não há equipamento a altura? Como orar se não há quem crie aquele “clima”? Como evangelizar, cantando e orando sem o “palco, os microfones, os holofotes, o gelo seco, o auditório entusiasta, a platéia lotada, e, para agravar ainda mais este quadro de “profunda adoração”, estando em companhia de presidiários, num ambiente fétido, acorrentados, aguilhoados, privados da liberdade e isolados pelas grades de ferro que se interpõem entre a sociedade e os marginalizados?
Nisto constatamos que, do ponto de vista atual, evangelizar em situações assim, está fora de cogitação. A atitude de Paulo e Silas, embora seja resultado de uma legítima comunhão com Deus e de um espírito sempre pronto para adorar, evangelizar, em detrimento das circunstâncias, não inspira muitos “adoradores” de nossa época, ao mesmo tempo em que indica o nível em que se encontram e o quanto estão aquém das habilidades e da autoridade de que necessitam para testemunhar em favor do Evangelho.
Permanecemos naquela condição posta por Jesus Cristo ao afirmar que Deus procura por verdadeiros adoradores e estes O adoram em espírito e em verdade. O que não significa que devamos ou precisemos sair por aí a procura deles. Devemos começar a fazer esta busca a partir de nós mesmos. Quanto aos demais, até que consigam provar o contrário, continuamos com a impressão de um evangelho descartável, motivado pelas circunstâncias, condicionado a fatores externos, sem demonstrações de uma legítima, contínua e profunda comunhão com Aquele a quem se propõe adorar, fazendo-Lhe declarações, determinações, tomando posse de promessas aleatórias, levando-O a dizer o que não está autorizado e, dentre outras coisas, permanecendo num nível que está longe de atingir o que se vê na atitude destes renomados homens de Deus.
Estejamos atentos a esta realidade e prontos para admitir distância que nos separa daquela maturidade espiritual evidenciada por Paulo e Silas, rogando a Deus que receba o que Lhe oferecemos em harmonia com o que precisamos ser.
Rev. Marcos Martins Dias
Os amplos recursos que contribuem para que a igreja evangelize tem se multiplicado ampla e rapidamente, aumentando sua qualidade, a velocidade da sua divulgação e os limites geográficos de sua área de atuação.
Isto não é fato comprobatório de que o conteúdo e a forma com que se tem procurado evangelizar acompanham os avanços apontados. Digo isto porque o quadro que contemplamos, normalmente, prioriza os periféricos, os aparatos, os meios e sacrificam o fim ao mesmo tempo em que comprometem o conteúdo.
Tente imaginar qual seria a reação dos que supervalorizam os avanços tecnológicos se, por algum motivo, tivessem que realizar sua obra sem o apoio dos recursos que se proliferam rapidamente e, com imponência similar, subjugam os que fazem uso deles, criando certa dependência involuntária. Como cantar se não há equipamento a altura? Como orar se não há quem crie aquele “clima”? Como evangelizar, cantando e orando sem o “palco, os microfones, os holofotes, o gelo seco, o auditório entusiasta, a platéia lotada, e, para agravar ainda mais este quadro de “profunda adoração”, estando em companhia de presidiários, num ambiente fétido, acorrentados, aguilhoados, privados da liberdade e isolados pelas grades de ferro que se interpõem entre a sociedade e os marginalizados?
Nisto constatamos que, do ponto de vista atual, evangelizar em situações assim, está fora de cogitação. A atitude de Paulo e Silas, embora seja resultado de uma legítima comunhão com Deus e de um espírito sempre pronto para adorar, evangelizar, em detrimento das circunstâncias, não inspira muitos “adoradores” de nossa época, ao mesmo tempo em que indica o nível em que se encontram e o quanto estão aquém das habilidades e da autoridade de que necessitam para testemunhar em favor do Evangelho.
Permanecemos naquela condição posta por Jesus Cristo ao afirmar que Deus procura por verdadeiros adoradores e estes O adoram em espírito e em verdade. O que não significa que devamos ou precisemos sair por aí a procura deles. Devemos começar a fazer esta busca a partir de nós mesmos. Quanto aos demais, até que consigam provar o contrário, continuamos com a impressão de um evangelho descartável, motivado pelas circunstâncias, condicionado a fatores externos, sem demonstrações de uma legítima, contínua e profunda comunhão com Aquele a quem se propõe adorar, fazendo-Lhe declarações, determinações, tomando posse de promessas aleatórias, levando-O a dizer o que não está autorizado e, dentre outras coisas, permanecendo num nível que está longe de atingir o que se vê na atitude destes renomados homens de Deus.
Estejamos atentos a esta realidade e prontos para admitir distância que nos separa daquela maturidade espiritual evidenciada por Paulo e Silas, rogando a Deus que receba o que Lhe oferecemos em harmonia com o que precisamos ser.
Rev. Marcos Martins Dias