18 setembro 2008

UM MINISTÉRIO DE TRÊS ANOS

“Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério...” Lc; 3:23

Embora Jesus Cristo tenha desenvolvido Seu ministério por aproximadamente três anos (27 – 30 dC), não há como discutir sua qualidade, profundidade, repercussão, resultados, inclusive a julgar pela importância do cristianismo na história da humanidade antes, durante e depois de Sua vinda ao mundo, contemplando toda a diferença que Ele fez, faz e fará.
De acordo com as palavras de João, “..., fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” 30 e 31, ou seja, Ele realizou uma obra tão extraordinária em pouco tempo que jamais seremos capazes de computar os resultados decorrentes de Seu ministério.
Um dos fatores que criam um grande impacto em minha vida, diz respeito ao tempo que já tive para atender ao Seu chamado e quão, indiscutivelmente, estou distante de tudo quanto poderia e deveria fazer em obediência à Sua ordem sobre dar continuidade ao que Ele iniciou. Reconheço a incalculável proporção de minha dívida e a graça, de proporções ainda maiores, causadora da continuidade de minha existêcia.
Não é reconfortante saber que esta é uma situação que atinge a grande maioria dos que se declaram Seus seguidores e que, no entanto, embora disponham de mais tempo, mais vida, mais recursos e tantos outros “mais”, ainda que atravessemos décadas gritando ao vento quem somos e o que viemos fazer, ao avaliar a importância de nossa passagem por esta terra, constataremos que apenas três anos bastariam para promover mudanças que repercutam no presente e nos acompanhem até a eternidade.
Este pensamento não é fruto de uma visão pessimista a nosso respeito, mas um estímulo a que dediquemos algum tempo para avaliar se estamos dentro do que se espera de nós e se nos enquadramos nos termos de II Co. 5.20: “... somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio...”.
É, igualmente, importante enfatizar que não estou me referindo a um fruto produzido aqui e outro acolá. A questão que está sendo levantada diz respeito a toda a nossa vida e à sua importância à luz da razão de ser de nossa vinda ao mundo.
Lembremo-nos que Ele disse: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará,...” Jo. 14:12.
Não entro no mérito das múltiplas e questionáveis interpretações atribuídas a este texto; atenho-me apenas a lembrar que estamos lidando com uma afirmação que, no mínimo, demanda de nós algum questionamento a respeito do que temos feito com o tempo de vida que nos foi concedido para nos comportarmos como cidadãos dos céus.
Que o Senhor Se digne nos orientar nesta importante auto-avaliação.

Rev. Marcos Martins Dias

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