“Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” 2 Co. 12:10
Na vida cristã há diversos meios de graça, os quais Deus disponibilizou para contribuírem com o processo de santificação de Sua igreja, individual ou coletivamente. Entretanto, o acesso que temos a cada um deles não significa que os manipulamos como e quando nos convém. Tudo permanece dentro daquela economia de Deus, através da qual administra sabiamente Sua majestosa Criação.
Veja o caso da oração, por exemplo. Não são poucos os que, consciente ou inconscientemente, compreendem que se trata apenas de um meio através do qual levamos a Deus as nossas petições. Todavia, como se pode notar no texto em destaque, o apóstolo Paulo, exercendo a fé implantada em seu coração, pediu insistentemente que Deus o livrasse do espinho na carne o qual foi-lhe enviado para prová-lo e, ainda que estejamos nos referindo a um homem de fé indubitável, sabemos que Deus não lhe respondeu de acordo com as suas pretensões. Pelo contrário, obedecendo ao conselho de Sua perfeita vontade, respondeu-lhe conforme está escrito: “A minha graça te basta...” 2 Co. 12:9.
Não nos surpreende perceber que, mesmo quando se trata de homens do perfil deste grande apóstolo, o Senhor tem toda a liberdade para negar-lhe um pedido?
Numa época de “determinações” e “reivindicações” apresentadas a Deus, creio que muitos deveriam rever seu conceito a respeito das bênçãos que Deus nos dá e do modo que Ele Se utiliza para nos favorecer, considerando que, ao contrário do que muitos pensam, é em momentos de fraqueza e nulidade, em situações que revelam a fragilidade humana, que Deus manifesta Sua infinita graça, fazendo forte ao cansado e multiplicando as forças ao que não tem nenhum vigor (Is. 40. 29). Nesse caso aparentemente paradoxal, nossas fraquezas são instrumentos eficazes para o nosso próprio fortalecimento, de modo que quanto menores nos sentimos, tanto mais podemos vislumbrar o caráter imenso da graça que nos envolve, conduzindo-nos a um espírito de inteira resignação e gratidão a Deus, ainda que, por algum momento, estejamos envoltos pelo pó e pela cinza à semelhança de Jó, o qual concluiu que suas provações o promoveram a um nível mais elevado que aquele anterior em que se encontrava. Isto se percebe por meio de sua célebre oração: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jó 42:5.
Que o Senhor nos ajude na difícil tarefa de aprender que o tão desejado fortalecimento, normalmente é precedido pela clara e dolorosa manifestação de nossas fraquezas.
Rev. Marcos Martins Dias
Na vida cristã há diversos meios de graça, os quais Deus disponibilizou para contribuírem com o processo de santificação de Sua igreja, individual ou coletivamente. Entretanto, o acesso que temos a cada um deles não significa que os manipulamos como e quando nos convém. Tudo permanece dentro daquela economia de Deus, através da qual administra sabiamente Sua majestosa Criação.
Veja o caso da oração, por exemplo. Não são poucos os que, consciente ou inconscientemente, compreendem que se trata apenas de um meio através do qual levamos a Deus as nossas petições. Todavia, como se pode notar no texto em destaque, o apóstolo Paulo, exercendo a fé implantada em seu coração, pediu insistentemente que Deus o livrasse do espinho na carne o qual foi-lhe enviado para prová-lo e, ainda que estejamos nos referindo a um homem de fé indubitável, sabemos que Deus não lhe respondeu de acordo com as suas pretensões. Pelo contrário, obedecendo ao conselho de Sua perfeita vontade, respondeu-lhe conforme está escrito: “A minha graça te basta...” 2 Co. 12:9.
Não nos surpreende perceber que, mesmo quando se trata de homens do perfil deste grande apóstolo, o Senhor tem toda a liberdade para negar-lhe um pedido?
Numa época de “determinações” e “reivindicações” apresentadas a Deus, creio que muitos deveriam rever seu conceito a respeito das bênçãos que Deus nos dá e do modo que Ele Se utiliza para nos favorecer, considerando que, ao contrário do que muitos pensam, é em momentos de fraqueza e nulidade, em situações que revelam a fragilidade humana, que Deus manifesta Sua infinita graça, fazendo forte ao cansado e multiplicando as forças ao que não tem nenhum vigor (Is. 40. 29). Nesse caso aparentemente paradoxal, nossas fraquezas são instrumentos eficazes para o nosso próprio fortalecimento, de modo que quanto menores nos sentimos, tanto mais podemos vislumbrar o caráter imenso da graça que nos envolve, conduzindo-nos a um espírito de inteira resignação e gratidão a Deus, ainda que, por algum momento, estejamos envoltos pelo pó e pela cinza à semelhança de Jó, o qual concluiu que suas provações o promoveram a um nível mais elevado que aquele anterior em que se encontrava. Isto se percebe por meio de sua célebre oração: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jó 42:5.
Que o Senhor nos ajude na difícil tarefa de aprender que o tão desejado fortalecimento, normalmente é precedido pela clara e dolorosa manifestação de nossas fraquezas.
Rev. Marcos Martins Dias