26 janeiro 2008

A ARTE DE SABER OUVIR

“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tg. 1:19

Este tom exortativo de Tiago deveria provocar uma reação maior do que a que se observa na vida de muitos de nós. Dentre todos os imperativos contidos em sua epístola, aqui estão alguns elementos que têm sido o “calcanhar de Aquiles” no relacionamento de várias pessoas.
Embora sejamos dotados de dois ouvidos, é muito mais comum falar e, em certas ocasiões, falar muito, à exceção dos deficientes nestas áreas, é claro. Fato este que, inevitavelmente leva a uma outra situação, ou seja, um contexto extremamente favorável à ira, à discórdia, à facção e aos seus similares.
Inspirado pelo Espírito Santo, Tiago vai direto ao ponto e sem qualquer rodeio coloca a questão no modo imperativo, mostrando que está tratando de um dever e não de algo que é feito dentro das possibilidades humanas. Ele diz: “Todo homem,..., seja pronto...”. Mesmo com o tom pastoral que precede tais exortações, fica evidente o modo incisivo com que trata estas questões.
Certamente saber ouvir é algo que se aprende. É uma arte. Não é o nosso forte posto que não se harmoniza com a nova natureza; principalmente quando o que está em xeque é a atenção e sujeição que se deve dar à Palavra de Deus. Basta ler o que nos é dito no versículo 21: “Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.”
Portanto, se tratamos a salvação com a seriedade que se requer, saberemos o quanto é importante saber ouvir, sendo tardios para falar e também para irar.
Nenhum de nós está sendo chamado a uma vida de anulação de nossa capacidade em emitir juízo de valores. Estamos sendo chamados a nos conter quando o assunto diz respeito à ferocidade com que a velha natureza sempre tende a se manifestar, promovendo estragos, sendo alguns deles, irreversíveis.
Roguemos a Deus que nos fortaleça e nos revista da humildade que se deriva do Senhor Jesus e, somente então, perceberemos a importância de exercer o domínio próprio, dominando a velha natureza e desviando o furor com a resposta branda, com a palavra dita no tempo, no lugar e da forma certa, exercitando diariamente a arte de saber ouvir.

Rev. Marcos Martins Dias

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom, espero que esteja sem renovando o seu blog, pois eu estarei lendo todos os dias...

Estava precisando muito de ler o que eu li hoje,desse estudo.

Lhe peço também que esteja orando por mim por favor.

Abraços.

Luanda Melo dos Santos