“Melhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação.” Pv. 15:16
Numa época de mestres, doutores e especialistas em vários assuntos, a família tem sido um dos pontos mais discutidos, explorados, preocupantes, especulativos e sem perspectivas concretas quanto ao seu futuro; e apesar de ser alvo de grandes holofotes, não são raras as situações em que ela se apresenta como uma instituição firmada sobre alicerces instáveis, configurando uma intrigante discrepância, posto que, quanto mais se sabe a respeito dela, tanto mais se erra nos esforços envidados para garantir-lhe o status de “célula mater” da sociedade.
Em outras palavras, o contraste entre famílias que se mostram estáveis e outras que se apresentam como um grupo de excluídos e marginalizados, provoca um grito inevitável que faz ecoar no mais profundo da alma um velho adágio popular: “prefiro viver debaixo da ponte”.
De algum modo isto pode fazer sentido posto que a pobreza, a exposição contínua ao perigo, a luta pela sobrevivência e, dentre outros desafios, a busca pela dignidade, são fatores que fortalecem os laços de uma família que se abriga entre caixotes, papelões, palafitas ou colunas de concretos de pontes e viadutos; a qual, apesar de não ser uma forma invejável de se viver, por vezes não é menos angustiante do que a experiência de uma família dilacerada pela concorrente rotina das faculdades, das estressantes jornadas de trabalho, do universo das ações, dos cartões de créditos, das contas bancárias, da Internet, dos celulares, dos veículos sofisticados, dos constantes transtornos gerados por um congestionado tráfego aéreo agravado por apagões, atrasos, ameaças de terrorismos e, além de tudo o que ainda se pode dizer, a falta de tempo pra se investir na própria família.
Com tudo isto e, em detrimento da miséria já constatada, a simplicidade de se viver debaixo da ponte pode parecer uma absurda alternativa diante do preço a ser pago para manter um status que encobre lares fragmentados e dilacerados.
Uma rápida olhada no texto destacado acima, conduziria a uma inevitável reflexão. Ele é reforçado por outros versículos constantes no mesmo capítulo, nos quais se diz: “Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos perversos há perturbação... Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio... O SENHOR deita por terra a casa dos soberbos; contudo, mantém a herança da viúva... O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá... (vss. 6, 17, 25 e 27).”
Urge o tempo em que as providências corretas, prescritas na Palavra de Deus, precisam ser tomadas. Do contrário, não restará outra opção a não ser concluir que, de algum modo, “morar debaixo da ponte” pode ser uma boa idéia.
Rev. Marcos Martins Dias
Numa época de mestres, doutores e especialistas em vários assuntos, a família tem sido um dos pontos mais discutidos, explorados, preocupantes, especulativos e sem perspectivas concretas quanto ao seu futuro; e apesar de ser alvo de grandes holofotes, não são raras as situações em que ela se apresenta como uma instituição firmada sobre alicerces instáveis, configurando uma intrigante discrepância, posto que, quanto mais se sabe a respeito dela, tanto mais se erra nos esforços envidados para garantir-lhe o status de “célula mater” da sociedade.
Em outras palavras, o contraste entre famílias que se mostram estáveis e outras que se apresentam como um grupo de excluídos e marginalizados, provoca um grito inevitável que faz ecoar no mais profundo da alma um velho adágio popular: “prefiro viver debaixo da ponte”.
De algum modo isto pode fazer sentido posto que a pobreza, a exposição contínua ao perigo, a luta pela sobrevivência e, dentre outros desafios, a busca pela dignidade, são fatores que fortalecem os laços de uma família que se abriga entre caixotes, papelões, palafitas ou colunas de concretos de pontes e viadutos; a qual, apesar de não ser uma forma invejável de se viver, por vezes não é menos angustiante do que a experiência de uma família dilacerada pela concorrente rotina das faculdades, das estressantes jornadas de trabalho, do universo das ações, dos cartões de créditos, das contas bancárias, da Internet, dos celulares, dos veículos sofisticados, dos constantes transtornos gerados por um congestionado tráfego aéreo agravado por apagões, atrasos, ameaças de terrorismos e, além de tudo o que ainda se pode dizer, a falta de tempo pra se investir na própria família.
Com tudo isto e, em detrimento da miséria já constatada, a simplicidade de se viver debaixo da ponte pode parecer uma absurda alternativa diante do preço a ser pago para manter um status que encobre lares fragmentados e dilacerados.
Uma rápida olhada no texto destacado acima, conduziria a uma inevitável reflexão. Ele é reforçado por outros versículos constantes no mesmo capítulo, nos quais se diz: “Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos perversos há perturbação... Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio... O SENHOR deita por terra a casa dos soberbos; contudo, mantém a herança da viúva... O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá... (vss. 6, 17, 25 e 27).”
Urge o tempo em que as providências corretas, prescritas na Palavra de Deus, precisam ser tomadas. Do contrário, não restará outra opção a não ser concluir que, de algum modo, “morar debaixo da ponte” pode ser uma boa idéia.
Rev. Marcos Martins Dias