13 outubro 2015

DISCORDANDO DE DEUS

“não atende a ninguém, não aceita disciplina, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus.” Sf. 3.2

O modo como se aborda a respeito das manifestações teofânicas ao longo da história, por diversas vezes deixa a impressão do desejo de fazer parte do quadro e, não somente contemplar os momentos maravilhosos em que Deus falou clara e diretamente ao Seu povo mas, também dá a impressão que a nossa disposição para a pronta obediência a tudo quanto Ele disse é incontestável. Entretanto, embora se concorde que o Senhor continue falando através dos séculos, parece que a inclinação para tomar rumos diferentes daqueles apontados por Ele retratam uma realidade presente, a qual também seria observada mesmo diante dos impactos causados por Suas incontáveis manifestações sobrenaturais.

As condições dos judeus no contexto do cativeiro babilônico são uma demonstração concreta da tendência humana em fazer sua vontade prevalecer contra Deus e Seus mandamentos, mesmo sofrendo duramente o preço desta atitude tão insana, considerando que aceitando ou não, concordando ou discordando, é como diz o profeta Daniel: “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem dizer: Que fazes?” (Dn. 4. 35).

Moisés teve audácia suficiente para discordar de Deus. Jeremias também o fez ao considerar-se inabilitado quando foi chamado. Jonas, juntou seus pertences e demonstrou sua discordância seguindo para Társis e, dentre tantos outros exemplos, não apenas um homem mas, todo o povo fez mais do que ignorar os caminhos apontados por Deus. Suas decisões caracterizam um comportamento de franca rebeldia e insistência em permanecer em caminhos moldados segundo os ditames de sua própria consciência.

Creio que, apesar das diferenças ocasionadas pelo tempo e espaço que nos separam desta realidade jamais esquecida, cada dia que passa, cada movimento que surge, cada declaração feita acerca de Deus, cada atitude demonstrada pela igreja hodierna, retratam um comportamento de semelhante discordância de Deus e de Sua vontade na medida que se “determina”, “toma-se posse”, “enfatiza-se determinadas promessas descontextualizadas”, “estabelece-se quando, onde, como e em quem Deus fará isto ou aquilo”, dentre tantas outras anomalias geradas pelo mesmo mau que anulou a sensibilidade dos judeus e que os subjugaram a uma dura disciplina que marcou época e jamais será esquecida.

Podemos optar por seguir o mesmo destino cruel e amargar a ação disciplinadora de Deus sobre nós ou admitir que, embora pensemos conhecer Deus e Sua vontade, podemos estar tomando uma direção completamente oposta ao que se espera de nós quanto a permanecermos dentro dos padrões divinos, revestidos de Sua aprovação, bênção e direção em tudo quanto realizarmos.

Busquemos a humildade necessária para refletir sobre isto e investirmos num relacionamento de concordância com a vontade de Deus para nossa vida.

Rev. Marcos Martins Dias

ELE TEM CUIDADO DE VÓS

"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." I Pedro 5 : 7

Há muitas situações em nossa vida onde parece que estamos entregues ao acaso, numa trajetória onde o futuro é incerto e a nossa inclinação pende mais para uma visão pessimista do que para portas que poderão se abrir, soluções que poderão surgir, vitórias e conquistas maiores do que as que desejamos, esperamos e lutamos para atingir.

Nos empenhamos de tal maneira que envidamos grandes esforços para cuidar de nós mesmos, correndo sério risco de nos esquecermos o quanto Deus está ocupado em tratar de cada um dos nossos assuntos pessoais.

Parece muito fácil dizer estas coisas com o propósito de encorajar-nos em situações onde não parece haver qualquer esperança; entretanto, não é em vão que a Escritura afirma que devemos viver por fé e sem fé é impossível agradar a Deus. Assim, embora as palavras de encorajamento sejam realmente relativamente fáceis de serem ditas, colocá-las em prática é outra história.

Porque o exercício da fé é extremamente desafiador.
O que fazer quando nos vemos nesta terrível encruzilhada? Cremos em Deus, sabemos que Ele é capaz de fazer o impossível mas, ao mesmo tempo, nos vemos entre um emaranhado de problemas que parecem nunca terminar? Deus não sabe a respeito das coisas que eu estou enfrentando?

A Bíblia não somente diz que Ele sabe, como diz ainda que Ele cuida de nós. Ela também nos exorta a lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade.

Não há outro modo de compreender as constantes inquietações e preocupações que rondam a nossa porta a não ser estando conscientes que trata-se de uma questão de fé somente. Este é o grande ponto em questão. Precisamos aprender a exercitar a nossa fé, parar de perguntar a Deus acerca dos Seus motivos, parar de tentar entendê-los e, simplesmente “lançar sobre Ele a nossa ansiedade”.

Fazendo isto, não somente teremos paz no coração, como estaremos dando provas suficientes de que nossa relação com Deus não é algo superficial. Pelo contrário, a sua intensidade vai muito além daquela que desenvolvemos com o nosso semelhante. Ele não nos fornece uma falsa segurança, uma esperança que se frustra, não nos dá nada esperando algo em troca, não nos deixa sozinhos quando todos nos abandonam. Ele cuida de nós. Ele promete dar estrutura para atravessar vales sombrios, modifica nosso modo de compreender a vida e nos eleva a um nível bem mais elevado que nossos “grandes problemas”.

Jamais nos esqueçamos que, ainda que sejamos relutantes frente às nossas adversidades, Ele permanece cuidando, carinhosamente, de nós.

Rev. Marcos Martins Dias
MÊS DA REFORMA PROTESTANTE

Outubro é o mês em que se comemora a Reforma Protestante ocorrida no Sec. XVI. Mais precisamente no dia 31 de outubro.
Voltemos à Bíblia!!! Esta foi e permanece sendo a mais importante questão no que diz respeito ao posicionamento da Igreja diante das inumeráveis propostas religiosas, filosóficas, políticas, sociais, éticas em geral.
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Reflitamos nas recomendações dadas pelo apóstolo Paulo em II Tm 3 e consideremos a semelhança dos males enfrentados na ocasião com as inumeráveis dificuldades que estão diante de nós, hoje.
Por fim, nos apliquemos à observância das mesmas recomendações dadas a Timóteo, ou seja, "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." II Tm 3. 14 - 17
Que o Senhor nos conceda a sabedoria de que precisamos para tratar as Santas Escrituras com seriedade, tendo-a como o Fundamento principal de todas as nossas convicções e Elemento norteador de toda a nossa conduta.

Rev. Marcos Dias