"“Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.” Gn. 3. 7
A ordem de Deus foi clara: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;...”. O resultado do não cumprimento também foi, nitidamente, estabelecido: “... porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gn. 2. 17.
Todos já sabemos o que eles fizeram, não é mesmo? Apesar de ouvir direta, clara e enfaticamente, de Deus, tiveram dúvida sobre a sua veracidade, não refletiram sobre as trágicas consequências e ainda foram rápidos em “camuflar” a sua nudez como se em suas folhas pudessem encontrar a desesperadora solução para sua irremediável desobediência.
Deus não disse: No dia em que dela comerdes, certamente cozerás folhas para cobrir sua nudez. Ele disse: “certamente morrerás”.
Não havia alternativa para o descumprimento daquela ordem. Seu ato conduziria fatalmente à morte.
Não obstante, eles cozeram folhas para fazer cintas e cobrir sua nudez. O estrago estava feito. O pecado havia contaminado todas as faculdades humanas. Já não se podia ver, compreender, agir, viver naquela perfeita harmonia anterior desfrutada com o Criador. Tudo estava perdido e as folhas seriam incapazes de anular o decreto divino, absolver os culpados, esconder sua verdadeira vergonha e nudez.
Perante isto, Deus cumpriu o que prometeu. Eles morreram espiritualmente. Viveram por algum tempo e, depois, morreram também fisicamente. Não foram poupados de sofrer o resultado das suas ações. No entanto, Deus mesmo, providenciou para que, em lugar das folhas, recebessem vestimentas de peles. Em lugar das folhas, providenciou para que, Ele mesmo, na Pessoa do Filho, fizesse o Sacrifício necessário para a definitiva e plena absolvição, livrando-os da morte eterna.
Assim, seguindo um caminho semelhante ao extremo, recebemos de Deus os preceitos para viver e viver bem. Erramos em permanecer sem tropeçar; mas, não devemos e nem precisamos “cozer folhas”. Elas nada podem fazer. Apesar disto, muitos prosseguem agindo de modo parecido, procurando em suas alternativas a solução para situações onde, somente Deus, por Sua infinita providência, pode resolver.
Se, por um lado, podemos desfrutar dos grandes benefícios ocasionados pela obediência, por outro, não podemos fugir dos resultados ocasionados pela inobservância dos preceitos divinos.
O que Deus disse, Ele cumprirá. Seja aprovando e dirigindo os nossos passos, seja reprovando e corrigindo nosso curso, seja reprovando e condenando o incauto e contumaz.
Desviemos nossos olhos das folhas. Elas não servem. Voltemo-nos para Cristo. Somente Ele é a solução para os constantes tropeços que sofremos e para o pecado que, feroz e inexoravelmente, nos assedia.
Rev. Marcos Martins Dias
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