10 novembro 2010

O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM

“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” Jr. 17:5

Entramos em uma nova fase relativa ao contexto político do nosso País e há grandes e muitas expectativas quanto ao futuro que nos aguarda nos próximos anos.

Acompanhamos com profundo interesse o desfecho da última eleição, sabendo que os governantes exercem um papel de extrema importância na vida dos que são governados por eles.

Embora a situação descrita pelo profeta Jeremias não tenha qualquer relação com as eleições a que nos referimos, o texto retrata o poder opressor imposto aos israelitas como resultado de sua franca desobediência à vontade de Deus, onde o ser humano é alvo da tirania imposta pelo próprio ser humano, ainda que servindo como “vara de disciplina” para colocar o povo no rumo certo, orientado pela Lei divina.

Neste contexto são inseridas as figuras dos falsos deuses, seus fazedores e adoradores em contraposição ao verdadeiro Deus e à necessidade de sujeição ao Seu governo.

Embora seja lamentável e, guardando as devidas proporções, vivemos dias em que situações semelhantes são experimentadas ao nosso redor, em nossas cidades, estados e país.

O ser humano oprime seu semelhante, cria seus deuses, legisla à revelia das determinações divinas e, com isto, incorre nas mesmas condições registradas por Neemias, deixando de confiar em Deus e qualificado, por seus atos, como “maldito” por fazer da “carne” o seu braço forte.

É preciso saber o que estamos dispostos a fazer para não nos enquadrarmos nesta terrível condição não apenas no contexto político, mas também no contexto eclesiástico, onde, por vezes, a confiança devida a Deus é direcionada para outros elementos, inclusive personalidades humanas, como se fossem estes os responsáveis por sustentar, dirigir, determinar os rumos que nossas vidas hão de seguir.

Roguemos a Deus a sabedoria necessária para jamais substituir o espaço exclusivamente Seu por nossas preferências resultantes da ausência de fé e impulsionadas pela fraqueza humana.

Rev. Marcos Martins Dias

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