“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”
Gl. 6.2
Desde que nossos primeiros pais caíram o egocentrismo e o egoísmo se tornaram características principais do caráter humano. A partir daí, passou a vigorar o princípio que originou o velho adágio “cada um por si e Deus pra todos”. A solidariedade, a preocupação com o semelhante, com os seus problemas, suas lutas, suas dificuldades, tornou-se algo incomum, resgatado apenas com o surgimento de uma nova natureza, como fruto de uma legítima conversão a Cristo Jesus.
Certamente, se parássemos para enumerar os nossos próprios problemas, faríamos uma lista grande ou pequena e complicada. Agora, imagine-se pensando nos problemas das outras pessoas com o propósito de buscar um modo de poder ajudá-las a enfrentá-los e a vencê-los. Alguns diriam: “é muito para a minha cabeça”.
Parece contraditório encontrar no mesmo capítulo o seguinte texto: “Porque cada um levará o seu próprio fardo.” (vs. 5); entretanto, basta que se dê seguimento à leitura e verificar-se-á que há frutos de sementes que lançamos e que somente nós podemos colher e, ainda assim, o princípio de “levar as cargas uns dos outros” é válido; pois, pode tornar o sofrimento do outro muito mais ameno sem, com isto, tirar dele a responsabilidade de colher o fruto do que plantou.
Assim, voltamos à realidade tão comum ao ser humano decaído, ou seja, pensar em si e ocupar-se com seus problemas, esperando que os outros “se virem” e resolvam suas próprias dificuldades.
Obviamente que se Deus tivesse pensado desta forma, estaríamos todos perdidos porque Ele jamais precisou de salvação, de resgate, de ser livre de condenação; mesmo assim, desceu até nós, Se humilhou, entregou-Se para morrer na cruz e, com isto, nos deu vida, levando sobre Ele todo o nosso fardo, sendo ferido pelas nossas enfermidades e pelos nossos pecados.
Assim, Ele nos deu o exemplo, nos ensinando que não há compreensão do Evangelho se não há altruísmo, aquele doar-se em favor de alguém, intercedendo por ele, visitando-o, chorando com ele, auxiliando-o em sua árdua tarefa de carregar as suas cargas.
Você já pensou em quantas pessoas têm dividido com você os seus pesos? Já parou pra pensar em como você tem se preocupado com as dificuldades dos outros? Tem se ocupado em buscar formar para auxiliá-las na solução de seus problemas? Tem, mesmo, buscado carregar as cargas dos outros?
Precisamos nos ocupar com mais esta reflexão e tomar atitudes que comprovem o quanto assimilamos o ensino que nos move a estar sensibilizados pelas dificuldades alheias e a nos dar em favor delas.
Rev. Marcos Martins Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário