“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” I Jo. 4. 29
Dentre todas as virtudes que acompanham a vida cristã, o amor ocupa um lugar de proeminência considerando que ele é a causa de nossa salvação e também o motivo que nos leva a servir a Deus. E, mesmo não podendo vê-lo, tocá-lo e, de algum modo, até mesmo senti-lo dentro de uma perspectiva circunstancial, considerando que nossas emoções são muito instáveis, nós sabemos que ele está lá. Nós o temos. Não hesitamos em responder quando procuram saber se há amor em nós.
Mas, por melhores e por mais fortes que sejam nossos argumentos, podemos não convencer. Afinal, o amor se demonstra. E há muitas maneiras de se fazer isto no relacionamento que desenvolvemos uns com os outros. São formas naturais que acontecem sem que haja qualquer tipo de pressão, de cobrança, de tratamento em forma de barganha. Ele é espontâneo e incondicional. Aponta para os amigos e para os inimigos.
Nesse caso, mesmo pensando que jamais seríamos capazes de odiar alguém, podemos ser apanhados de surpresa quando submetidos a alguma prova de amor. Isto porque não há como assumir uma condição de neutralidade nesta questão. Aqui não há lugar para a indiferença, para certas preferências, para as escolhas que fazemos das pessoas com quem queremos nos relacionar e tratar bem. O irmão mencionado no texto em destaque é aquele que comunga da mesma fé que eu. Que confessa a Cristo como seu Senhor, que participa da Ceia comigo, que se assenta para cultuar a Deus e, dentre outras coisas, é parte do mesmo Organismo vivo que é a Igreja.
Eu, provavelmente, daria voltas, procuraria outros termos mas, o apóstolo João vai direto ao assunto mostra que esta é uma grande prova de que amamos a Deus, isto é, se amamos o nosso irmão.
Creio que dá até pra sentir o aperto no coração só de lembrar que, inconscientemente, temos caminhado, por vezes, escudados no pretexto de que Jesus teve, dentre os doze, três que Lhe foram mais próximos, procurando, com isto justificar as nossas preferências, quando o mandamento é tão claro como a luz do sol. É tão abrangente que, seu verdadeiro teste, inclui tratar o inimigo exatamente como Deus nos tratou quando ainda estávamos perdidos e desinteressados pelo Evangelho.
Entretanto ainda não é tarde. Enquanto houver vida, haverá chance para começar a amar. E esta sempre será a nossa grande prova de amor para com Deus: amar ao nosso irmão, incondicional e continuamente.
Certifiquemo-nos de que temos sido aprovados em mais esta grande prova.
Rev. Marcos Martins Dias
31 agosto 2010
12 agosto 2010
CADA UM COM OS SEUS PROBLEMAS
“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”
Gl. 6.2
Desde que nossos primeiros pais caíram o egocentrismo e o egoísmo se tornaram características principais do caráter humano. A partir daí, passou a vigorar o princípio que originou o velho adágio “cada um por si e Deus pra todos”. A solidariedade, a preocupação com o semelhante, com os seus problemas, suas lutas, suas dificuldades, tornou-se algo incomum, resgatado apenas com o surgimento de uma nova natureza, como fruto de uma legítima conversão a Cristo Jesus.
Certamente, se parássemos para enumerar os nossos próprios problemas, faríamos uma lista grande ou pequena e complicada. Agora, imagine-se pensando nos problemas das outras pessoas com o propósito de buscar um modo de poder ajudá-las a enfrentá-los e a vencê-los. Alguns diriam: “é muito para a minha cabeça”.
Parece contraditório encontrar no mesmo capítulo o seguinte texto: “Porque cada um levará o seu próprio fardo.” (vs. 5); entretanto, basta que se dê seguimento à leitura e verificar-se-á que há frutos de sementes que lançamos e que somente nós podemos colher e, ainda assim, o princípio de “levar as cargas uns dos outros” é válido; pois, pode tornar o sofrimento do outro muito mais ameno sem, com isto, tirar dele a responsabilidade de colher o fruto do que plantou.
Assim, voltamos à realidade tão comum ao ser humano decaído, ou seja, pensar em si e ocupar-se com seus problemas, esperando que os outros “se virem” e resolvam suas próprias dificuldades.
Obviamente que se Deus tivesse pensado desta forma, estaríamos todos perdidos porque Ele jamais precisou de salvação, de resgate, de ser livre de condenação; mesmo assim, desceu até nós, Se humilhou, entregou-Se para morrer na cruz e, com isto, nos deu vida, levando sobre Ele todo o nosso fardo, sendo ferido pelas nossas enfermidades e pelos nossos pecados.
Assim, Ele nos deu o exemplo, nos ensinando que não há compreensão do Evangelho se não há altruísmo, aquele doar-se em favor de alguém, intercedendo por ele, visitando-o, chorando com ele, auxiliando-o em sua árdua tarefa de carregar as suas cargas.
Você já pensou em quantas pessoas têm dividido com você os seus pesos? Já parou pra pensar em como você tem se preocupado com as dificuldades dos outros? Tem se ocupado em buscar formar para auxiliá-las na solução de seus problemas? Tem, mesmo, buscado carregar as cargas dos outros?
Precisamos nos ocupar com mais esta reflexão e tomar atitudes que comprovem o quanto assimilamos o ensino que nos move a estar sensibilizados pelas dificuldades alheias e a nos dar em favor delas.
Rev. Marcos Martins Dias
Gl. 6.2
Desde que nossos primeiros pais caíram o egocentrismo e o egoísmo se tornaram características principais do caráter humano. A partir daí, passou a vigorar o princípio que originou o velho adágio “cada um por si e Deus pra todos”. A solidariedade, a preocupação com o semelhante, com os seus problemas, suas lutas, suas dificuldades, tornou-se algo incomum, resgatado apenas com o surgimento de uma nova natureza, como fruto de uma legítima conversão a Cristo Jesus.
Certamente, se parássemos para enumerar os nossos próprios problemas, faríamos uma lista grande ou pequena e complicada. Agora, imagine-se pensando nos problemas das outras pessoas com o propósito de buscar um modo de poder ajudá-las a enfrentá-los e a vencê-los. Alguns diriam: “é muito para a minha cabeça”.
Parece contraditório encontrar no mesmo capítulo o seguinte texto: “Porque cada um levará o seu próprio fardo.” (vs. 5); entretanto, basta que se dê seguimento à leitura e verificar-se-á que há frutos de sementes que lançamos e que somente nós podemos colher e, ainda assim, o princípio de “levar as cargas uns dos outros” é válido; pois, pode tornar o sofrimento do outro muito mais ameno sem, com isto, tirar dele a responsabilidade de colher o fruto do que plantou.
Assim, voltamos à realidade tão comum ao ser humano decaído, ou seja, pensar em si e ocupar-se com seus problemas, esperando que os outros “se virem” e resolvam suas próprias dificuldades.
Obviamente que se Deus tivesse pensado desta forma, estaríamos todos perdidos porque Ele jamais precisou de salvação, de resgate, de ser livre de condenação; mesmo assim, desceu até nós, Se humilhou, entregou-Se para morrer na cruz e, com isto, nos deu vida, levando sobre Ele todo o nosso fardo, sendo ferido pelas nossas enfermidades e pelos nossos pecados.
Assim, Ele nos deu o exemplo, nos ensinando que não há compreensão do Evangelho se não há altruísmo, aquele doar-se em favor de alguém, intercedendo por ele, visitando-o, chorando com ele, auxiliando-o em sua árdua tarefa de carregar as suas cargas.
Você já pensou em quantas pessoas têm dividido com você os seus pesos? Já parou pra pensar em como você tem se preocupado com as dificuldades dos outros? Tem se ocupado em buscar formar para auxiliá-las na solução de seus problemas? Tem, mesmo, buscado carregar as cargas dos outros?
Precisamos nos ocupar com mais esta reflexão e tomar atitudes que comprovem o quanto assimilamos o ensino que nos move a estar sensibilizados pelas dificuldades alheias e a nos dar em favor delas.
Rev. Marcos Martins Dias
02 agosto 2010
ELE TEM CUIDADO DE VÓS
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." I Pedro 5 : 7
Há muitas situações em nossa vida onde parece que estamos entregues ao acaso, numa trajetória onde o futuro é incerto e a nossa inclinação pende mais para uma visão pessimista do que para portas que poderão se abrir, soluções que poderão surgir, vitórias e conquistas maiores do que as que desejamos, esperamos e lutamos para atingir.
Nos empenhamos de tal maneira que envidamos grandes esforços para cuidar de nós mesmos, correndo sério risco de nos esquecermos o quanto Deus está ocupado em tratar de cada um dos nossos assuntos pessoais.
Parece muito fácil dizer estas coisas com o propósito de encorajar-nos em situações onde não parece haver qualquer esperança; entretanto, não é em vão que a Escritura afirma que devemos viver por fé e sem fé é impossível agradar a Deus. Assim, embora as palavras de encorajamento sejam realmente relativamente fáceis de serem ditas, colocá-las em prática é outra história. Porque o exercício da fé é extremamente desafiador.
O que fazer quando nos vemos nesta terrível encruzilhada? Cremos em Deus, sabemos que Ele é capaz de fazer o impossível mas, ao mesmo tempo, nos vemos entre um emaranhado de problemas que parecem nunca terminar? Deus não sabe a respeito das coisas que eu estou enfrentando?
A Bíblia não somente diz que Ele sabe, como diz ainda que Ele cuida de nós. Ela também nos exorta a lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade.
Não há outro modo de compreender as constantes inquietações e preocupações que rondam a nossa porta a não ser estando conscientes que trata-se de uma questão de fé somente. Este é o grande ponto em questão. Precisamos aprender a exercitar a nossa fé, parar de perguntar a Deus acerca dos Seus motivos, parar de tentar entendê-los e, simplesmente “lançar sobre Ele a nossa ansiedade”.
Fazendo isto, não somente teremos paz no coração, como estaremos dando provas suficientes de que nossa relação com Deus não é algo superficial. Pelo contrário, a sua intensidade vai muito além daquela que desenvolvemos com o nosso semelhante. Ele não nos fornece uma falsa segurança, uma esperança que se frustra, não nos dá nada esperando algo em troca, não nos deixa sozinhos quando todos nos abandonam. Ele cuida de nós. Ele promete dar estrutura para atravessar vales sombrios, modifica nosso modo de compreender a vida e nos eleva a um nível bem mais elevado que nossos “grandes problemas”.
Jamais nos esqueçamos que, ainda que sejamos relutantes frente às nossas adversidades, Ele permanece cuidando, carinhosamente, de nós.
Rev. Marcos Martins Dias
Há muitas situações em nossa vida onde parece que estamos entregues ao acaso, numa trajetória onde o futuro é incerto e a nossa inclinação pende mais para uma visão pessimista do que para portas que poderão se abrir, soluções que poderão surgir, vitórias e conquistas maiores do que as que desejamos, esperamos e lutamos para atingir.
Nos empenhamos de tal maneira que envidamos grandes esforços para cuidar de nós mesmos, correndo sério risco de nos esquecermos o quanto Deus está ocupado em tratar de cada um dos nossos assuntos pessoais.
Parece muito fácil dizer estas coisas com o propósito de encorajar-nos em situações onde não parece haver qualquer esperança; entretanto, não é em vão que a Escritura afirma que devemos viver por fé e sem fé é impossível agradar a Deus. Assim, embora as palavras de encorajamento sejam realmente relativamente fáceis de serem ditas, colocá-las em prática é outra história. Porque o exercício da fé é extremamente desafiador.
O que fazer quando nos vemos nesta terrível encruzilhada? Cremos em Deus, sabemos que Ele é capaz de fazer o impossível mas, ao mesmo tempo, nos vemos entre um emaranhado de problemas que parecem nunca terminar? Deus não sabe a respeito das coisas que eu estou enfrentando?
A Bíblia não somente diz que Ele sabe, como diz ainda que Ele cuida de nós. Ela também nos exorta a lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade.
Não há outro modo de compreender as constantes inquietações e preocupações que rondam a nossa porta a não ser estando conscientes que trata-se de uma questão de fé somente. Este é o grande ponto em questão. Precisamos aprender a exercitar a nossa fé, parar de perguntar a Deus acerca dos Seus motivos, parar de tentar entendê-los e, simplesmente “lançar sobre Ele a nossa ansiedade”.
Fazendo isto, não somente teremos paz no coração, como estaremos dando provas suficientes de que nossa relação com Deus não é algo superficial. Pelo contrário, a sua intensidade vai muito além daquela que desenvolvemos com o nosso semelhante. Ele não nos fornece uma falsa segurança, uma esperança que se frustra, não nos dá nada esperando algo em troca, não nos deixa sozinhos quando todos nos abandonam. Ele cuida de nós. Ele promete dar estrutura para atravessar vales sombrios, modifica nosso modo de compreender a vida e nos eleva a um nível bem mais elevado que nossos “grandes problemas”.
Jamais nos esqueçamos que, ainda que sejamos relutantes frente às nossas adversidades, Ele permanece cuidando, carinhosamente, de nós.
Rev. Marcos Martins Dias
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