26 fevereiro 2009

ERGUENDO OS JOELHOS

“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados,”
Hb. 12.12
A trajetória que devemos enfrentar ao longo da vida está cheia de obstáculos que nos lançam aos pés de Deus continuamente em decorrência de nossa inteira dependência de Sua sustentação, de Sua misericórdia e, dentre outros fatores, de nossa irrefutável limitação revelada com muita clareza quando enfrentamos lutas difíceis.
Por outro lado, de acordo com o texto de Hb. 12. 4, nossas lutas não nos lançaram a uma condição de falência, de total incapacidade de suportar as duras experiências que nos sobrevem com o propósito de “aparar arestas”, nos moldar, nos lapidar como se aquilata o metal e o prepara para ser transformado em uma fina jóia.
Nesse caso, em vez de nos encurvarmos, somos exortados a erguer as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados a fim de darmos continuidade a carreira que nos está proposta, conforme o versículo primeiro do mesmo capítulo.
Não está em questão a contínua inquietação que se faz companheira de um incontável número de pessoas, as quais insistem em inquirir Deus sobre o motivo que as faz enfrentar lutas que parecem jamais terminar. Na verdade, quando se tem uma correta compreensão da vida, tem-se a convicção de que ela é assim mesmo e que há promessas de descanso para todos aqueles que confiam no Senhor e esperam por Seu livramento, sempre lembrando que o refrigério tão desejado será recebido em sua plenitude quando estivermos com Cristo nos céus, onde descansaremos de todas as nossas labutas. Isto está claramente posto em Ap. 14. 13 onde se diz: “..., para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.”
Sendo assim, ao mesmo tempo em que se deve viver prostrado em oração, também é preciso se erguer para poder caminhar e percorrer o trajeto que Deus nos propôs. É impossível avançar, vencer, conquistar, superar obstáculos quando se está propenso a ceder espaço à derrota, ao desânimo, à idéia de que as coisas são extremamente difíceis. Tão difíceis que não podemos suportar.
Sejamos perseverantes em nossas lutas e mais confiantes a respeito do que o Senhor é capaz de realizar em nossa vida (Mt; 24. 13). Este é o único modo de assegurar o recebimento da coroa da vida eterna, além de aproveitar as adversidades para servir de modelo, ensinando a tantos que debatem em meio as suas próprias fraquezas que o Senhor faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor (Is. 40. 29).
Portanto, prossigamos em nossa jornada, de cabeça erguida e continuamente em oração.
Rev. Marcos Martins Dias