06 abril 2007

UM TÚMULO VAZIO

“Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.” Mt. 16.6 “e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive.” Lc. 24.23

Era uma manhã do primeiro dia da semana e um grande sentimento de perda havia tomado conta dos discípulos. A tristeza era tão profunda que, associada à incredulidade, não somente fez com que ignorassem a promessa feita por Jesus de que Ele ressuscitaria para Sua própria glória e para dar esperança à Sua Igreja.
Muitos se dispersaram e voltaram às suas antigas profissões; e aqueles que se encontravam reunidos ficaram surpresos com a notícia trazida pelas mulheres que haviam estado no túmulo e retornaram dizendo que Cristo havia ressuscitado.
Não posso imaginar qual seria a nossa reação se estivéssemos no lugar deles. Tudo o que eu sei é que, quando nos deparamos com um túmulo vazio, isto significa que o corpo de alguém será posto nele ou, com exceções, algum corpo já foi retirado para dar lugar a outro. Em nenhuma hipótese, trabalhamos com a possibilidade de uma ressurreição haver ocorrido. Um comportamento assim seria considerado anômalo.
Graças a Deus esta é uma realidade com a qual temos que lidar somente agora. A ressurreição de Jesus faz parte do clímax que caracteriza a Sua vitória sobre a morte e a garantia de que todos os mortos também vão ressuscitar.
Esta é uma realidade que o povo de Deus há de compartilhar com toda a humanidade em uma mesma ocasião. A única e grande diferença que existe repousa no fato de que, se por um lado a Igreja deixará o túmulo para inaugurar o início de uma nova realidade com Cristo, desfrutando do descanso eterno, por outro lado, os ímpios deixarão o túmulo vazio para enfrentar o terror de uma condenação que jamais terá fim.
É tempo de buscar desesperadamente Aquele que vive, lançando-se ao “Seus pés”, arrependidos e dispostos a mudar de vida enquanto é possível. Somente assim, um túmulo vazio deixará de significar o inevitável fim reservado pra todo mortal e passará a representar a linha divisória entre a turbulenta vida de um mundo decadente e a eternidade gloriosa preparada para os que “dormem no Senhor”.

Rev. Marcos Martins Dias